Luna França transita entre o pop e o R&B em primeiro disco 

01/06/2023

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Gabriela Amorim

Por: Gabriela Amorim

Fotos: Thany Sanches e Caio Mazzili/ Divulgação

01/06/2023

Bandas que você não conhece mas deveria é a seção mais antiga da NOIZE. Desde 2007, ela se reinventa em diferentes formatos e continua sendo impressa a cada lançamento do NOIZE Record Club. Toda quinta-feira, vamos publicar uma indicação musical apresentada na revista. Nesta edição, Luna França foi a indicada no BQVNC do Lado B da revista #133, que acompanha o vinil de “Sal”, de Anelis Assumpção

Luna França iniciou seu contato com a música desde cedo por conta de seu pai, o cantautor Dudu França, com quem começou a cantar profissionalmente aos 15 anos. Jornalista de formação, a cantora, compositora, tecladista e produtora musical também estudou canto popular, na Universidade Livre de Música da EMESP Tom Jobim, em São Paulo, além de piano e harmonia, com a “mestra da harmonia”, Silvia Goes.

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Em sua trajetória musical, França colaborou com diversos nomes da cena brasileira, como Paulo Miklos, Tiê, Papisa, Bruno Bruni, Rafael Castro e André Whoong, com quem pôde ter a experiência de tocar em palcos de grandes festivais, como Lollapalooza (SP), Vaca Amarela (GO), Bananada (GO) e Mulheres do Mundo WOW (RJ). 

Em julho de 2022, a artista fez sua estreia solo com o disco Um (2022), lançado pelo selo Boia Fria Produções. Assinando a produção musical ao lado do multi-instrumentista e produtor André Whoong, o álbum traz a participação especial de Tiê na faixa “Terapia”.

Por onde começo?

Pelo clipe da faixa “Como”, que contou com direção e roteiro de Thany Sanches – esta que teve suas pinturas exibidas na revista NOIZE #130, que acompanhou o vinil de Habilidades Extraordinárias (2022), de Tulipa Ruiz. Depois, siga para o clipe da inquieta “Minha Cabeça”, faixa divulgada em 2020 e presente do disco de estreia. Por fim, ouça o álbum Um (2022). Recomendo começar pelas canções “Terapia”, “Mente”, “Interlúdio”, “Gira” e a faixa-título.

Mood?

Sensível, para momentos de introspecção e vulnerabilidade que também pedem recomeços. Suas composições são simples, com doses de ironia, duplo sentido e sinceridade, no qual você se pergunta se a artista passou mesmo pelo fato cantado ou se está apenas fantasiando, como no melancólico R&B “Não Te Conheço Mais”. 

Como soa? 

França mescla seu vocal doce a diversos instrumentos musicais com maestria. Por exemplo, na faixa-título “Um”, quando une o analógico ao digital, fazendo uso dos violinos, do órgão, da viola e dos sintetizadores. Breve, com apenas um minuto de duração, a canção é uma pausa calma logo no começo do disco. 

Autobiográfico e cheio de reflexões existenciais, seu som transita entre o pop e o R&B, com a presença de elementos experimentais, mostrando uma artista ainda em processo de conhecimento e descobertas, sem temores de críticas aos seus desejos e escolhas.

Qual a vibe?

É uma busca por liberdade, escrita por uma artista que é protagonista de sua própria história. Levanta a autoestima, nos faz querer viver a vida de peito aberto, ao mesmo tempo em que permite que o ouvinte saia da zona de conforto e sinta os pés no chão, de maneira sincera e respeitosa. 

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01/06/2023

Gabriela Amorim

Gabriela Amorim