Arte da capa: Reylton Rafael e Fabricio Bizu
Quem entende a música como um portal para transcender a realidade mundana se identificará com o novo projeto do Miniestéreo da Contracultura.
O selo virtual que existe desde 2013 lançou hoje a coletânea Neo-Psicodelia Brasileira, apresentando 18 faixas de diferentes artistas de norte a sul do Brasil. O músico e produtor Eduardo Kolody é um dos fundadores do selo e conta que esse projeto surgiu de forma muito espontânea. “Participo de alguns grupos no Facebook e, em um deles, houve uma longa conversa sobre artistas que fazem som em casa, ou em lugares afastados, e que queriam alguma oportunidade. Não me lembro de todos os envolvidos, mas havia o Leonardo Borges (que virou um dos curadores dessa coletânea) e o músico Fhárley Tavares. Por fim, o músico Lucas Cardoso puxou a ideia de fazermos uma coletânea, e eu disse que articularia isso através do selo”, afirma.
Neo-Psicodelia Brasileira foi feita a partir da eleição de dez curadores, dentre eles Ariel Fagundes (repórter e fotógrafo da NOIZE), Lucinha Turnbull (guitarrista do lendário Tutti-Frutti), Zé da Flauta (que tocava com o Ave Sangria), Gabriel Guedes (guitarrista do Pata de Elefante) e Klaus Eira (organizador do festival Psicodália). Cada curador elegeu 12 músicas das 48 que foram inscritas no projeto.
O resultado incluiu desde artistas mais conhecidos, como Benkes (guitarrista do Boogarins), Tagore Suassuna e Molodoys, até nomes que estão começando a construir seu público, como o músico Ang Lo e o projeto Mool & Fuzz. Apesar do Miniestéreo da Contracultura ser um selo virtual, Kolody revela que há chance da coletânea sair em forma físico. “Existe a possibilidade, estamos promovendo o primeiro lançamento físico do selo, que é um vinil do segundo álbum do Protofonia. Mas é bom ir com calma e avaliar o cenário musical e mesmo econômico do país. Acho que o lançamento virtual da coletânea será um termômetro pra isso”, explica.
Ouça abaixo Neo-Psicodelia Brasileira e viaje: