Um dia triste e histórico para a música. Tommy Ramone, ou Thomas Erdelyi, o último integrante original do eterno Ramones. O baterista pode não ter sido o que mais durou na banda, mas foi Tommy quem participou dos três discos definitivos do grupo: Ramones (1976), Leave Home (1977) e Rocket to Russia (1977). Ele ainda produziu os dois álbuns seguintes da banda e o ao vivo It’s Alive (1979).
Tommy nos deixou aos 62 anos, nessa sexta-feira (11), em sua casa em Nova Iorque. A causa oficial da morte ainda não foi divulgada. O baterista estava sob cuidados após um tratamento de câncer de vias biliares.
O último Ramone original não era pra ter sido o baterista, e, sim, o empresário. Mas Joey Ramone não conseguia mais acompanhar o ritmo dos colegas e Tommy assumiu as baquetas.
Agora não há mais Tommy, Dee Dee, Johnny nem Joey Ramone. Os Ramones originais, aqueles que criaram essa banda foda que é essencial não por seu preciosismo ou pela habilidade dos músicos, mas pela identificação que teve com os jovens dos anos 70. Eles queriam tocar, se expressar através do som. E conseguiram fazer isso da forma mais simples e eficaz. Riffs e quebradas sem nenhuma nota desnecessária.
O Ramones nos ensinou que não são só harmonias extravagantes que podem mexer com a nossa emoção. Ah, “Judy is a Punk” e seus três acordes e versos diretos. Uma bela trilha-sonora para a inconformidade juvenil da época. Um manifesto em forma de música.
Hoje a nossa homenagem vai para Tommy Ramone, principalmente, e todos os Ramones originais que construíram o nosso querido punk. Ouça abaixo uma das melhores estreias da música da qual o baterista fez parte: