_para ler ouvindo
Um dos pioneiros do punk, baixista do Ramones. Parecia um zumbi: abusou de heroína e todo o tipo de droga – cheirava inclusive os remédios prescritos por seus médicos. Virou rapper, dizem que chegou a fazer ponto como michê e reza a lenda: matou um cara.
A história
Dee Dee Ramone não conseguia cantar e tocar ao mesmo tempo. Acabou virando baixista e compositor. Junto com seu vizinho Joey Ramone, criou uma das principais bandas de punk rock: o Ramones.
Conheceu a morfina aos 12 anos. Mesma idade com que tirava as primeiras músicas na guitarra.
Aos 14, se mudou da Alemanha pros Estado Unidos. Foi quando a coisa degringolou: “Além de fumar maconha de montão, comecei a cheirar um monte de cola. Usava cola, Tuinals e Seconals. (…) Depois que a gente cheirava cola, discava uns números de telefone. A gente sabia uns números onde se ouvia uns sons estranhos. A gente ligava, e eles faziam: Beep-beep-beep’.”
A carreira
O Ramones começou a tocar no CBGB – berço do punk de Nova York, nos anos 70. E daí ganhou o tamanho que sabemos hoje.
No final dos anos 80, o cara pirou de vez e literamente largou tudo: as drogas, a bebida, seu casamento de 10 anos e o Ramones.
Na sequência, ele resolveu virar rapper e adotou o nome Dee Dee King. Lançou alguns discos e músicas – mas ninguém curtiu muito.
Voltou pras drogas e pra sua música de origem. Trabalhando com uma porrada de gente do punk e do rock.
Em 2002, os Ramones entraram pro Rock and Rolll Hall Of Fame. Dee Dee largou seu discurso de vitória: “Eu gostaria de me parabenizar, agradecer a mim mesmo e dar um tapinha nas minhas próprias costas”. Modesto assim.
No mesmo ano, Dee Dee foi encontrado morto na sua casa, em Hollywood. A causa: uma overdose de heroína.
Conquistas
Se livrou da prisão por porte de maconha, em 1992 – graças a seu advogado que foi pago com a venda dos direitos das músicas “Poison Heart”, “Strength To Endure” e “Main Man”.
E no seu deslize musical, adquiriu um guarda-roupa cheio de roupas largas de hip-hop. Que, claro, seus parças punks não curtiram. Mas, em pouco tempo as peças não serviram mais pra nada.
Sobreviveu a dura vida de michê, e apesar de atender homens, provou que, na verdade, era bem macho.
A explicação
Dee Dee era junkie demais – até mesmo para uma banda de punk. Se considerava o mais auto-destrutivo dos Ramones, e afirmou ter usado todo tipo de droga, tudo – tudo o que se pode usar, usou.
Bem, e quem usa tanta droga precisa de dinheiro. Daí entra a história de ser michê. Mickey Leigh, irmão do Joey Ramone, conta ter visto o baixista parado bem na rua 53 com a terceira avenida. Aquele era o ponto dos michês gays.
E o cara não nega, diz Dee Dee que “a canção 53rd & 3rd fala por si. Tudo o que escrevo é autobiográfico e muito real. Não sei escrever de outro jeito.”
Diz a letra: “53ª com a 3ª Parado na rua 53ª com a 3ª Tentando pegar um cliente (…) Então eu puxei a minha navalha. Então eu fiz o que Deus proibiu. Agora os tiras estão atrás de mim. Mas eu provei que não sou uma bichinha”.
Ele pode nunca ter afimado, mas também nunca negou ter mesmo matado alguém com a navalha.
Toda semana, adicionamos mais um nome à nossa lista sem noção.
No final do ano, você vai escolher o grande #1.
Vai se esforçando, quem sabe dá tempo de você entrar aqui.