Em 1986, o Brasil estava um caos. A ditadura militar havia a recém acabado, José Sarney era o presidente e o Plano Cruzado havia sido lançado com a promessa de combater a inflação galopante que tomava conta do bolso dos brasileiros. Foi nesse contexto que saiu Cabeça Dinossauro, o terceiro e, considerado por muitos, mais importante disco do Titãs (ouça abaixo).
Criticando duramente a Família, a Polícia, o Estado, a Igreja e a vida urbana em geral, o álbum se tornou um marco na carreira da banda e sintetizou a raiva que estava entranhada na população de então como poucos exemplos do rock brasileiro dos anos 80 conseguiram.
Hoje, mais de 30 anos depois, ainda podem ser traçados muitos paralelos entre a realidade atual e as críticas apontadas pelo Titãs no Cabeça Dinossauro. Esse é o questionamento que surge da peça Cabeça – Um documentário cênico. Dirigido por Felipe Vidal, o espetáculo conta com oito atores no palco (em 86, o Titãs tinha oito membros) que executam ao vivo as treze faixas do disco. As músicas aparecem entre cenas e projeções que abordam o contexto da época do álbum relacionado ao Brasil de hoje.
No dia 24 de maio, Cabeça será apresentada no 12º Festival Palco Giratório Sesc, em Porto Alegre, dentro da turnê nacional que tem girado o país nos últimos meses. Do Sul, a peça segue para o Rio de Janeiro (25/5) e Petrópolis (26/5). Veja abaixo:
Confira também o vídeo teaser que apresenta Cabeça – Um documentário cênico:
Teaser CABEÇA (um documetário cênico) – Teatro Sesc Ginástico from Complexo Duplo on Vimeo.