Review | Drive

10/07/2012

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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10/07/2012

A trama é intensa: durante o dia um motorista trabalha como mecânico e dublê em filmes de Hollywood. À noite, ele presta serviços para a máfia. Ele não tem nome e usa uma jaqueta com a estampa de um escorpião – seria uma referência à personalidade do mocinho? A astrologia descreve escorpianos como homens frios e calculistas. Na natureza selvagem, eles são conhecidos pelo seu veneno.

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Aliás, seria o motorista o mocinho? Ele é solitário, sombrio, frio

O carro é um personagem rasgando as “veias” de Los Angeles, e suas ruas e avenidas ganham tanta importância quanto a presença do motorista. Não à toa, claro. A estética oitentista, o roxo, a cidade à noite e uma trilha sonora de perder o fôlego. O clima da década é coroado com o som de “Nightcall”, parceria entre o artista francês Kavinsky e a brasileira Lovefoxxx. Há quem lembre de Blade Runner, outro clássico dos anos 80 – salvas as devidas realidades: Drive se passa em 2011, e o segundo, em um muito futurista início de Séc. XXI imaginado por Ridley Scott em 1982.

Destaque nas mãos do motorista no volante. É ele quem está no controle da situação. Esse mesmo jogo de luz e sombra reflete a personalidade do personagem interpretado por Ryan Gosling: o lado bom e o lado ruim.

Drive (Nicolas Winding Refn) não é para todos, mas é necessário. Uma das obras-primas de 2012.

E que atire a primeira pedra quem não se apaixonou pela trilha, comprou luvas de couro e saiu dirigindo pela cidade fazendo cara de mau.

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10/07/2012

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