Após a recente onda de violência envolvendo manifestações de cunho racista nos Estados Unidos, o Spotify anunciou que retirou do seu catálogo uma série de bandas classificadas como “bandas de ódio” pelo Southern Poverty Law Center, entidade criada em 1971 que é referência na defesa dos direitos humanos nos EUA.
Em entrevista à Billboard norte-americana, uma porta-voz da plataforma de streaming informou que, ainda que as músicas do catálogo disponibilizado pelo Spotify venham de milhares de gravadoras e distribuidoras do mundo todo, e que elas são “os responsáveis diretos” pelas suas mensagens, “conteúdo ilegal ou material que incite o ódio ou incite violência contra raça, religião, sexualidade ou algo assim não é tolerado por nós”.
A plataforma de música online tomou esse posicionamento público após a divulgação de um post na Digital Music News cujo título era “Eu Acabei de Achar 27 Bandas de Ódio de Supremacistas Brancos no Spotify”.
– Spotify tomou ações imediatas para remover qualquer material assim que isso foi trazido a nossa atenção. Estamos gratos por termos sido alertados desse conteúdo, já removemos muitas das bandas identificadas e estamos revisando com urgência as restantes – declarou a porta-voz da empresa.
O Deezer e o Pandora afirmaram à Billboard que também tomam medidas para não deixar esse tipo de conteúdo disponível em suas plataformas de streamings. Um ano atrás, o Deezer criou um site onde usuários podiam denunciar esse tipo de bandas. Já o Pandora disse que vem trabalhando nesse sentido desde 2014.