_por Karla Wunsch
@karlawunsch
Cérebro Eletrônico tá fazendo 10 anos. Com três álbuns cheio de rock, experimentalsmo, pop e tropicália, a banda é enorme referência no cenário musical alternativo paulista e brasileiro.
Tatá Aeroplano, vocalista da banda, bateu um papo com a Noize. O cara tava todo empolgado com o show comemorativo que ia rolar naquela noite. E largou pra gente em exclusiva:aquele foi apenas o primeiro de uma ano de shows que vem por aí.
N: Muitos consideram a cérebro como o pontapé incial no cenário musical paulista, você se sente responsável por isso?
T: Não. Na época já existia bandas como a Dona Zica, Los Pirata e a Cérebro convivia com essas bandas diferentes, já exitia um certo cenário.
N: Mas era diferente de como é hoje, né?
T: É, se na época tinha 20, hoje tem 100, 200 artistas fazendo um trabalho foda, bons artistas. Agora tem mais incentivo, existe uma essencia musical incrível.
N: O que é vanguarda pra você?
T: É a essência, pra mim conseguir olhar pro que tá em volta é uma postura vanguardista. Às vezes eu vejo porcaria de Hollywood, às vezes vejo filmes cabeça.
N: No caso da Cérebro, muito foi olhado pro tropicalismo né, como vanguarda, Caetano Veloso…
T: O Raul Seixas é o maior tropicalista de todos. Eu acho que o Raul Seixas foi o que melhor entendeu o espírito da tropicália e conseguiu vender muitos discos, foi pop no sentido literal mesmo. E as músicas do Raul dos discos Guita, Há Dez Mil Anos Atrás e Krig Ha Bandolo dialogaram maravilhosamente com o discurso tropicalista do Gil, Caetano, Druprat, Mutantes, Tom Zé e Cia!
N: E pra fazer música, de onde vem a inspiração?
Quando componho música é um sonho que vem, sou tipo doido.
N: Tu tá lançando teu primeiro disco solo, o Cão Sem Dono. Tem mais planos em mente?
Sem pretensão, eu sou assim, vou fazendo… lancei um álbum solo agora, e isso não quer dizer que a Cérebro vai acabar. Eu precisava fazer o disco, fui lá e fiz.