Fomos atrás das imagens e mensagens que alguns dos discos mais clássicos escondem.
Pela relação com as forças demoníacas, o rock e seus derivados são os que mais se interessam pelo subliminar e aparecem em peso na lista abaixo que reúne 10 capas de LPs que brincam com nossa visão seletiva. Há também homenagens e obscenidades ocultas. Dá uma olhada:
1. White Light/White Heat (1968) – The Velvet Underground
As primeiras prensagens do segundo disco do Velvet Underground continham uma imagem subliminar que somente uma luz clara poderia revelar (uma brincadeira com o White Light do título). A ideia foi de ninguém menos que Andy Warhol, o mentor da banda que escondeu na capa a figura de um demônio, tatuagem do ator Joe Spence no filme de Warhol Biker Boy (1967).
2. The Devil Put Dinosaurs Here (2013) – Alice in Chains
Existe uma cópia invertida da cabeça do dinossauro na mesma imagem, virada para o lado inverso. O demônio oculto é mais visível quando separamos os canais de cor vermelho, verde e azul (RGB), componentes da imagem, e selecionamos apenas o canal azul.
3. Pussy Cat (1974) – Harry Nilsson
Em 74, John Lennon produziu o décimo disco do compositor e amigo de bebedeiras Harry Nilsson. Na parte inferior da capa de Pussy Cat, há um bloco com a letra D, um tapete (ou rug, em inglês) e um bloco com a letra S, formando a palavra “Drugs” (drogas, em português).
4. Their Satanic Majesties Request (1967) – The Rolling Stones
Inspirados em Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, os Rolling Stones homenagearam os Beatles escondendo os rostos do quarteto nos cantos laterais da capa desse LP (olhe bem de perto). John Lennon e Paul McCartney participaram do álbum fazendo os backing vocals das faixas “Sing This All Together” e “She’s A Rainbow”.
5. Mom’s Apple Pie (1972) – Mom’s Apple Pie
Esse é um dos motivos pelos quais o grupo de hard rock que durou quatro anos ainda não foi esquecido. Também nas primeiras prensagens, a capa do disco de estreia, desenhada pelo artista Nick Caruso, mostrava claramente uma vagina no detalhe da torta fatiada. E pra completar, um líquido branco lembrando uma ejaculação. A capa original não durou muito e logo teve que ser adaptada para versões mais comportadas, como a que você vê na galeria abaixo, com uma parede, grades e a bandeira dos Estados Unidos no lugar da vulva.
6. Breakfast in America (1980) – Supertramp
Ok, pode não ter sido de propósito, mas é assustador. 21 anos antes do ataque no dia 11 de setembro às Torres Gêmeas de Nova York (EUA), a clássica banda britânica de rock progressivo Supertramp lançou seu sexto álbum com essa capa que usa utensílios da cozinha para formar a cidade de NY. Bem onde parece ser o World Trade Center, estão posicionadas as letras U e P do Supertramp, que ao contrário poderiam ser confundidas com os números 9 e 11 (11/9 no sistema de data que usamos no Brasil). Ainda não se convenceu? Tem mais: as imagens da garçonete e da cidade parecem que estão sendo vistas de dentro de um avião.
7. Licensed to Ill (1986) – Beastie Boys
Nas letras eles não se preocuparam em esconder nada obsceno, mas na capa do disco de estreia a frase “Eat me”/”Me coma” está escrita na traseira do avião, basta espelhar a imagem como você vê abaixo.
8. Led Zeppelin IV (1971) – Led Zeppelin
O Led sempre gostou de brincar com o capiroto e mensagens subliminares. No encarte do quarto LP, está a clássica imagem de um senhor no topo de uma montanha segurando uma lamparina. Quando a mesma imagem espelhada é colocada lado a lado com a original, uma figura demoníaca aparece.
9. Retro Active (1993) – Def Leppard
Os subgêneros mais pesados do rock sempre tiveram uma ligação com a morte e o demo. Se você olhar de longe a capa da primeira compilação do Def Leppard, verá claramente uma caveira em vez de uma mulher sentada em frente a um espelho iluminado.
10. Revolver (1966) – The Beatles
O quarteto de Liverpool gostava de uma mensagem subliminar. Além das referências a um possível funeral de Paul McCartney em Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967) e Abbey Road (1969), o sétimo disco dos Beatles também traz um elemento singelo e quase imperceptível, mas cheio de significado. No meio das fotos e desenhos deles, o artista alemão Klaus Voormann, criador da capa, colocou uma foto sua com seu nome no canto direito do álbum, entre os cabelos de George Harrison.