A Introspekção Místika de Hugo Cabret

28/03/2012

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

28/03/2012

_por Tatá Aeroplano

Assisti em três dimensões A invenção de Hugo Cabret. Uma linda e emocionante homenagem ao cinema que Martin Scorsese nos proporciou com esse metafilme. Nem comento o fato dele não receber o Oscar de melhor filme porque sinceramente o Oscar pra mim não passa de uma entidade que baixa de vez em quando na … melhor parar por aqui.

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A vida é sonho…o sonho é cinema. E cada um é uma peça esotérica, exclusiva e extraterrena no planeta ping pong. Salve Wally Salomão. A vida é sonho e o cinema não acabou.

As pessoas existem para cuidar das outras. Esse é o fundamento místico da “existência” e pedra fundamental da “Instrospekção Místika”, a verdadeira religião. Sem nome, sem imagens, sem pretensão, sem aglomerações. Contrariando o que acabei de escrever, considero a ato de frequentar as salas de cinema como um procedimento sensivelmente religioso. Dogma, só o 95, e olhe lá.

A principal função de um artista “na real” é cuidar dos outros e/ou desorientar, orientar, mitificar, desmistificar, iludir, ampliar, reverberar, acordar, realizar, desbundar. Tirar o chão, tirar o ar, mexer com a alma, desparafusar a mente ou naturalmente colocar tudo no lugar.

Scorsese é desses artistas…cuidadoso. Genial. Sensível ao mundo, comprometido com a história do cinema a ponto de render uma homenagem tão visceral a Georges Méliès. A lua merece ser bem tratada, assim como o olhar da menina que perambula pela alameda celestial.

Eu sei que o papo está mega hippie. É que eu ando escutando Pena Branca & Xavantinho e os discos do Raul Seixas. Ando numa vibe Místika, não Mística, são coisas totalmente diferentes. Mas misticismo não se explica, nem se ensina. A escrita automática é o que há nessas horas. Sem revisão.

O pequeno Hugo Cabret, protagonista do filme, aparece como o diabinho que vira anjo…ou vice versa. Mas aparece pra reorganizar a vida do Papa Georges que precisa recomeçar tudo de novo… preciso recomeçar a cada virada de lua. A cada viagem a lua. A cada sorriso. A cada choro. A cada desencanto encantado.

O cinema existe pra sonhar, seja em três dimensões, numa clássica película, no formato digital ou no computer (pra quem curte, é claro!). Tudo é válido!

Tudo parado na city. Tempestade brutal na sessão das 18h. Hoje assisti Habemus Papam do Nani Moretti. Mas vou fazer como o Papa, vou dar uma sumida e ver se falo ou não desse filme posteriormente.

Habemus um copo de café sem açucar na sacada do edifício.

@Tata_Aeroplano é andarilho, músico, compositor, pescador sem histórias, contador de causos, às vezes canta, às vezes cala, muitas vezes causa.

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28/03/2012

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