Arqueólogo resgata fotos clássicas do Araújo Vianna

11/05/2011

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Por: Revista NOIZE

Fotos:

11/05/2011

Paola Oliveira lembra bem dos hippies lagarteando no sol às voltas do Araújo nos anos 80. E tantas outras histórias mais, ela lembra ter vivido e ouvido anos mais tarde, seja como espectadora, seja como uma jornalista que realizava um documentário a respeito da Osvaldo Aranha nos anos 90.

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Obviamente, o Araújo Vianna teve grande importância do filme produzido por Paola. Durante o resgate histórico da pré-produção, ela angariou belas histórias e imagens do auditório. E foram elas que a jornalista mostrou ao Arqueólogo.

Tardes com Hardy Vedana
Foram muitas tardes de conversa com o maestro Hardy Vedana, que muito atuou também como jornalista e escritor. “Ele mantinha, numa salinha do Araújo Vianna, um importante acervo sobre a história da música no Rio Grande do Sul”, lembra Paola. “Ele me mostrava o material que guardou durante anos e que, agora, está no Museu Hipólito José da Costa. Seu sonho era fundar o Museu da Imagem e do Som, que ainda precisamos fundá-lo.”

Wilson Pickett, o mestre
Paola teve a oportunidade de assistir ao show de Wilson Pickett, o mestre do R&B, como ela define. “Grande cantor, compositor, fez grandes versões como Mustang Sally. Esteve na clássica gravadora Stax”, explica. “Então esse show foi clássico, pois o cara realmente era fino no palco. Botou todo mundo para dançar com seu paletó rosa, bordado de lantejoulas.”

Veja uma foto de Wilson Pickett no palco do Araújo Vianna, clicando aqui.

No backstage
Trabalhando na produção e divulgação de shows, Paola atuou em vários eventos, como Anos Blues, que rolou no início dos 90. “Era uma big band de blues com naipes de sopros, que tocava os clássicos”, conta. “O blues estava em alta em Porto Alegre. Então, o Araújo Vianna ficou lotado, bem bacana.” Teve ainda o show d’Os Replicantes, que marcou a inauguração do auditório com a lona.

O amor pelo auditório
Paola sempre se sentiu em casa no Araújo Vianna e, justamente por isso, é apaixonada pelo lugar. “Assistir aos shows era uma sensação de liberdade com céu azul ou cheio de estelas, o que deixou de ser devido à necessidade de cobertura”, relembra. “Assisti a shows na chuva, mas a lua continua iluminando o Araújo Vianna.”

A jornalista também ressalta o fato do auditório ser palco de grandes movimentos sociais e políticos. “Era o lugar onde todos os sindicatos faziam suas manifestações e encontros”, diz, já acrescentando o que deseja nesta nova fase. “Espero que todos os gêneros tenham espaço, que seja viável a ocupação para todas as classes sociais e que continue sendo um lugar de confraternização, alegria e grandes encontros sociais e políticos.”

De outros shows
Em seu acervo pessoal, Paola ainda guarda outras imagens do Araújo Vianna. Para vê-las, clique nos nomes dos artistas abaixo:

Paulinho da Viola
Ivone Pacheco e Fernando do Ó
Orquestra Profana de Porto Alegre
Jorginho do Trompete
Cheiro de Vida
Rubens Santos

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11/05/2011

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