Arqueólogo visita obras do Araújo Vianna, em Porto Alegre

02/05/2011

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

02/05/2011

O Arqueólogo teve uma oportunidade inédita: uma visita exclusiva à obra do Araújo Vianna, na companhia de ninguém menos que Carlos Caramez. Além de conhecedor profundo sobre o auditório, e justamente por isso, ele é o coordenador do projeto de reforma.

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Durante o passeio, Caramez aproveita para evidenciar que a reabertura do Araújo Vianna já deixou de ser projeto e virou realidade. O ritmo na obra é acelerado e corre contra o tempo. Aliás, dois tempos: o do relógio e o climático. Isso porque a chuva é um fator inimigo de qualquer obra. Torcendo contra ela, a equipe concentra os esforços na finalização da cobertura, que deve ficar pronta antes do inverno chegar.

Passada a retirada da velha lona e a colocação das estruturas de ferro e aço, feitas à mão e moldadas de forma a permitir o mesmo caimento que a lona proporcionava, a colocação da nova cobertura está na terceira etapa. E o trabalho é de primeira qualidade. No total, a cobertura possui seis camadas, que garantem o isolamento acústico e a qualidade do som. Acesse o site do Araújo Vianna, para ver a foto da estrutura da cobertura.

Quanto às mudanças, Caramez ressalta que o Araújo Vianna foi tombado pelo patrimônio histórico, o que impede grandes intervenções que descaracterizem o projeto original. Os saudosistas, então, não têm com o que se preocupar. O ícone da cultura gaúcha manterá a bilheteria, os camarins, os portões e bares nos mesmíssimos lugares de 1964, quando o espaço foi inaugurado. É claro que tudo passa por uma modernização, e o conforto será redobrado: as cadeirinhas serão substituídas por 3 mil poltronas, o fumo será proibido – conforme a lei, o ambiente será climatizado e o palco ampliado. Para ver uma foto atual do espaço destinado ao público, clique aqui.

A ampliação do palco, a propósito, vai além do conforto, é uma necessidade. Seu tamanho original tornou-se pequeno para as necessidades de alguns artistas e não suportaria determinados tipos de equipamentos. O novo palco avançará para o espaço onde antes havia o famoso fosso, que pode ser visto pela última vez aqui.

A Sala Radamés Gnatalli, que junto com os camarins e bares, será uma das últimas a serem reformadas, passará a ser um espaço multiuso. A ideia é que sirva de ambiente para projetos culturais independentes, lançamentos de CDs e pocket shows. Ou seja, será perfeita para eventos do tipo petit comité.

O trabalho, como um todo, tem como principal objetivo garantir as qualidades necessárias para satisfazer artistas e público. “Trabalhamos para que o Araújo Vianna tenha uma acústica boa, seja um espaço confortável, possa ser utilizado pela cidade como um espaço aberto, democrático e que interaja com a população e a comunidade artística”, conclui Caramez.

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02/05/2011

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