O brasileiro se diz um povo alegre, mas sempre preferiu ouvir músicas tristes. A contradição vem desde as primeiras décadas do século passado, quando grandes cantores se tornaram os primeiros ídolos da nossa música popular em programas como os da Rádio Nacional, a primeira emissora a ter alcance em praticamente todo o território brasileiro. É claro que artistas como Orlando Silva, Aracy de Almeida, Francisco Alves, Silvio Caldas, Luiz Gonzaga, Marlene, Emilinha, Linda e Dircinha Batista e Dalva de Oliveira tinham repertórios mais animados, sobretudo no Carnaval. Mas seus maiores sucessos eram os temas de amor – de preferência, o não correspondido – lançados do meio para o final do ano.
Nos final dos anos 1940, com o fechamento dos cassinos, o público notívago migrou para pequenas e luxuosas boates, sobretudo em Copacabana e na região central de São Paulo. Ali, surgiu o ambiente perfeito para outro tipo de sofrência à brasileira: o samba-canção. Artistas talentosíssimos surgiram nesse contexto, cantando música feita de boêmios para boêmios. Em meio à fumaça dos cigarros e ao tilintar dos copos de whisky, Dick Farney cantava “Perdido de Amor”; Tito Madi, “Chove Lá Fora”; Elizeth Cardoso, “Canção de Amor”, Dolores Duran, “A Noite do meu Bem”; Ângela Maria, “Abandono”; Cauby Peixoto, “Conceição”; Nora Ney, “Solidão”. A alegria estava fora de moda.
Há quem possa argumentar que o surgimento da Bossa Nova, em 1958, tenha trazido mais leveza para a canção brasileira. Em parte. Se de um lado João Gilberto cantava “Chega de Saudade”, de outro, no mesmo ano, Ângela Maria fazia chorar com “Balada Triste”; Marisa Gata Mansa matava de amor com “Castigo”; o Trio Nagô arrasava quarteirões com “Cabecinha no Ombro”, Nelson Gonçalves, com “Atiraste uma Pedra” e a jovem Maysa com sua obra-prima, “Meu Mundo Caiu”.
Se, em 1960, o violão sincopado de João Gilberto fazia as classes média e alta levitarem com sua interpretação ultracool de “O Pato”, Teixeirinha levava as camadas mais populares (mas não só elas) ao delírio com “Coração em Luto”, música que narra a morte de uma mãe carbonizada em um incêndio, que logo foi apelidada de “Churrasquinho de Mãe”. Claro, fazia muito mais sucesso do que João. Como também fazia Anísio Silva, intérprete do bolero “Alguém me Disse”, e Carlos Augusto, de “Negue”, que, 19 anos depois, retornaria como hit de Maria Bethânia.
Mas, patos, gansos e marrecos à parte, o tema central das canções era a tristeza mesmo no contexto da Bossa Nova. Até a aparentemente alegre “Chega de Saudade” trata, no final das contas, de um rapaz solitário pedindo ajuda à própria tristeza personificada: “Vai, minha tristeza, e diz a ela que sem ela não pode ser”.
Triste Iê-Iê-Iê
Mais pop do que a Bossa Nova, a Jovem Guarda chegaria pela TV poucos anos depois, em 1965, com um hino nesses mesmos moldes sofredores. Apesar da máscara roqueira, “Quero Que Vá Tudo pro Inferno”, o abre-alas do movimento, tem como personagem o garoto solitário que reclama a ausência da amada. “De que vale a minha boa vida de playboy se entro no meu carro e a solidão me dói?”, filosofa. Essa tristeza ergueu parte fundamental do movimento nas vozes de Erasmo Carlos (“Sentado à Beira do Caminho”), Wanderléa (“Foi Assim”), Ronnie Von (“A Praça”), Leno e Lilian (“Devolva-me”) e, claro, muito Roberto Carlos.
Também inventados pela televisão, os festivais da canção ganhavam força naquele mesmo ano e abriam janelas para uma geração de artistas mais engajados politicamente. Vencedora do primeiro festival da TV Excelsior, “Arrastão”, defendida por Elis Regina, era um bom exemplo disso. Mas é curioso pensar que outro hit da própria Elis naquele ano foi “Preciso Aprender a Ser Só”, que, como o título antecipa, versa sobre… solidão. Sucesso muito mais estrondoso em 1965, Altemar Dutra estourava nas camadas populares com o bolero “Sentimental Demais”. Sofrência pura.
A TV Record logo tomou a frente dos festivais e, em 1967, fez a edição mais importante da história do formato, em que Caetano Veloso apresentou “Alegria, Alegria” e Gilberto Gil, “Domingo no Parque”, inaugurando a Tropicália. Àquela altura, o contexto político transformou a tristeza em raiva. Edu Lobo venceu o festival com “Ponteio” e Chico Buarque levou o terceiro lugar com “Roda Viva”. Nada de amor, só luta. Mas no festival da TV Globo, no mesmo ano, a situação era diferente. Milton Nascimento defendia “Travessia” com grande repercussão e seus primeiros versos dimensionam o estado de espírito do narrador: “Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver/ Forte eu sou, mas não tem jeito: hoje eu tenho que chorar”. O sofrimento de Milton levou o segundo lugar, com direito a prêmio extra de Melhor Intérprete.
Dor do exílio
Em 1969, Caetano e Gil seriam presos e exilados. Ficariam até 1972 em Londres, onde gravariam alguns dos álbuns mais tristes e bonitos da história da música popular brasileira. Gil tentava se adaptar e, em parte, conseguia manter o astral mais alto. Mas Caetano não tinha a mesma força. Seu primeiro álbum londrino, Caetano Veloso (1971), é de dor descomunal e tem “A Little More Blue”, “London, London”, “Shoot Me Dead”, uma versão desesperada de “Asa Branca” e “Maria Bethânia”, em que pedia notícias à irmã. Algo próximo dessa tristeza, Caetano só faria em 2006, no já clássico e autobiográfico álbum Cê, em que digere a separação da mulher, Paula Lavigne.
Quando Caetano e Gil voltaram, a situação não estava melhor por aqui. A ditadura seguia violenta e, quando não se estava escrevendo sobre política em linguagem cifrada para driblar a censura, cantava-se as tristezas do amor. Muitas vezes, as duas coisas eram a mesma, uma se misturando com a outra. Com esse espírito, Paulinho da Viola lançava, em 1972, Dança da Solidão, um de seus álbuns mais tristes. A desilusão era amorosa, mas também social, política, filosófica, humana.
Em outras esferas da música nacional desse período, Waldick Soriano estourava com sua obra-prima, “Eu Não Sou Cachorro, Não”. Odair José lançava a canção que o alçaria ao sucesso avassalador dos anos seguintes, “Vou Tirar Você Desse Lugar”. Sofisticada e original, a canção de Odair conta a história do cliente que se apaixona por uma prostituta e quer tirá-la da profissão, afrontando toda a sociedade. Político e afetivo.
Naquele 1972, Milton Nascimento inaugurava o Clube da Esquina. Em “Cais”, uma das músicas mais importantes do álbum-manifesto, a solidão também está presente: “Invento mais que a solidão me dá/ Invento lua nova a clarear”. O sofrimento pode vir da relação amorosa ou do confronto político que obriga o exílio: “Eu já estou com o pé nessa estrada/ Qualquer dia a gente se vê” (em “Nada Será como Antes”).
Àquela altura, nem o humor dos Mutantes fazia mais sentido. Em 1974, depois de deixar a banda, Arnaldo Baptista entrou em estúdio para gravar seu primeiro LP solo. Loki? é um dos melhores álbuns da história da música brasileira. Também é um dos mais tristes e desesperados. A depressão está exposta em todas faixas, até nas mais alegrinhas. As causas de tamanha tristeza – e consequente beleza – somam o término da banda, o fim do casamento com Rita Lee e o consumo abusivo de drogas pesadas demais. Além, claro, do clima que pesava sobre o país.
Sofrem Elas
Na virada dos 1970 para os 1980, com a ditadura arrefecendo aos poucos, surgia no país uma leva de novas cantoras, das mais diversas origens e estilos. Muitas compunham: Marina Lima, Ângela Ro Ro, Joanna, Fátima Guedes e outras, cheias de amor – e desamor – para dar. Entre as que mais se destacaram, Marina abria seu primeiro LP com “Solidão”, clássico da diva de outrora, Dolores Duran. Discípula de Maysa, Ângela Ro Ro apresentava repertório autoral de altíssimo nível, entre blues e baladas. Autobiografia pura, em que expunha suas brigas e bebedeiras, amores e ressacas pela noite do Rio.
Nesse ambiente feminino, intérpretes de outras gerações alcançavam seu momento de maior popularidade até então. Em seu sexto álbum, Simone emplacava “Começar de Novo” na abertura da série Malu Mulher, da Globo. A música era perfeita para a trama, que narrava o recomeço da vida de uma mulher depois do término do casamento. Já Maria Bethânia conseguia seu primeiro disco de ouro com o LP Álibi, outro marco da alta sofrência brasileira.
No samba, Beth Carvalho apresentava a vingativa “Vou Festejar” e Clara Nunes vinha com “Na Linha do Mar”, cuja letra pode ser entendida como carta de suicídio: “Vou-me embora desse mundo de ilusão/ Quem me vê sorrir não há de me ver chorar”. A alegria do arranjo disfarça a dimensão trágica.
Ainda mais popular do que as moças, Fábio Jr. explodiu ali com “Pai”, composição que se tornou tema de abertura da novela Pai Herói. Era uma homenagem ao pai do próprio cantor, que havia morrido pouco tempo antes. Fábio canta a música entre lágrimas até hoje, 40 anos depois. Roberto Carlos ia no mesmo foco com a mais alegrinha “Meu Querido, meu Velho, meu Amigo”, mas seu maior hit naquele ano era uma sofrência brava: “Desabafo”. “Por que me arrasto aos seus pés? Por que me dou tanto assim? E por que não peço em troca nada de volta pra mim?”.
Rock, Sullivan & Massadas
Os anos 1980, com a iminente abertura política, chegaria para aliviar essa dor com uma geração de jovens artistas ligados ao pop e ao rock que nada tinham de melancólicos. Certo? Muito errado. Mesmo que apoiados em uma estética mais solar, alguns dos maiores sucessos desse período eram pura sofrência. Três dos maiores compositores daquela geração, Renato Russo, Cazuza e Herbert Vianna, tinham especial prazer em escrever canções existencialistas. Renato e Herbert eram diretamente influenciados por bandas deprimidas como Joy Division, The Smiths e The Cure. Cazuza, um louco por Maysa, Cartola e Ângela Ro Ro. Obras-primas surgiram dessa mistura, como “Tempo Perdido”, “Ainda É Cedo”, “Vento no Litoral”, “Mal Nenhum”, “Down em Mim”, “Blues do Iniciante”, “Meu Erro”, “Quase um Segundo” e “Lanterna dos Afogados”. Até Lobão teve seu grande hit na sofrência, “Me Chama”, regravado em seguida por Marina Lima e… João Gilberto. Diante da beleza da dor, as diferenças estéticas desapareciam.
Nas rádios populares, duplas sertanejas começavam a se impor. Chitãozinho & Xororó, irmãos que iniciaram carreira na década anterior, ganhavam espaço para muito além das rádios regionais, com hits sofridíssimos, como “Fio de Cabelo”. Era o começo de um gênero que dominaria toda década seguinte.
No mundo da MPB, a dupla de compositores Michael Sullivan e Paulo Massadas dominava a programação com hits infalíveis, interpretados por artistas dos mais diversos gêneros. Sandra de Sá estourou “Retratos e Canções”; Joanna, “Amor Bandido”; Fagner, “Deslizes”; Alcione, “Nem Morta”. Até Gal Costa e Tim Maia se juntaram para cantar uma música da dupla: “Um Dia de Domingo”. O Brasil inteiro sabia cantar todas.
A receita de Sullivan & Massadas era tão infalível que extrapolou aquela década e chegou aos sertanejos e pagodeiros dos anos seguintes. Leandro & Leonardo tiveram em “Talismã” um grande aliado na ascensão ao panteão sertanejo. Chitãozinho & Xororó também não fizeram feio com “Inseparáveis”. E os sambistas do Raça Negra transformaram “Não me Deixe Só” em hit. Todas escritas pela dupla. Em 1994, Fafá de Belém pegou o bonde de Sullivan & Massadas e voltou à tona com “Abandonada”, sofrência de se jogar no chão.
Chorando no sapatinho
“Não me abandone/ Não me desespere/ Porque eu não posso ficar sem você”, clamava Daniela Mercury em seu primeiro hit, “Swing da Cor”, abrindo, com uma sofrência, as portas do axé para os anos 1990 – e vice-versa. Ainda que a alegria e o ritmo dançante fossem as grandes matérias-primas do movimento pop baiano, havia momentos de melancolia no gênero. Exemplos disso são “Beija-Flor”, da Timbalada, “Mal Acostumada”, do Ara Ketu, e “Preciso de Você”, de Netinho. Mas não só. Fusão entre os trios elétricos, o reggae e os blocos afros, o axé tinha uma preocupação com as origens africanas e a autoestima negra. Essas questões geraram momentos de extrema beleza (e considerável melancolia), como se ouve em “Brilho de Beleza”, da banda Muzenza (“O negro segura a cabeça na mão e chora/ E chora, sentindo a falta do rei”).
Além do axé, a década teria como gêneros mais populares o sertanejo, que ganhara corpo na década anterior, e o pagode, versão mais pop e romântica do samba dos anos 1970. Do primeiro nicho, Leandro & Leonardo estouraram com “Pense em Mim”, em 1990, e Zezé Di Camargo & Luciano, com “É o Amor” no ano seguinte. Vindos da década anterior, João Paulo & Daniel tiveram seus picos de popularidade com as chorosas “Minha Estrela Perdida” e “Estou Apaixonado”. Anteriores a eles, Chitãozinho & Xororó se tornaram medalhões lançando, em 1990, o álbum mais importante da carreira da dupla, Cowboys do Asfalto. Ali, os irmãos tiveram sucessos absolutos como “Evidências”, “Nuvem de Lágrimas” e “É Assim que Te Amo”, tudo bem tristinho. O LP saiu da fábrica com tiragem inicial de um milhão de cópias.
Em paralelo, muitas bandas de pagode tiveram seu momento de glória e depois desapareceram ou perderam força. Algumas deixaram hits sofrenciosos que, hoje, se tornaram queridos até do público mais cult. Caso de “Decisão”, do Karametade, “Eu me Apaixonei pela Pessoa Errada” e “Louca Paixão”, do Exaltasamba, “Essa Tal Liberdade” e “Que se Chama Amor”, do Só Pra Contrariar.
A essa altura, a MPB estava em colapso, iniciando um processo de encolhimento do qual jamais se recuperaria. Na ressaca da popularidade dos anos 1980, muitos músicos acabaram se distanciando das multidões e tornaram-se artistas de nicho. Quem soube contornar isso foi Maria Bethânia. Em 1993, a cantora lançou As Canções que Você Fez pra Mim, álbum em que relia a obra de Roberto e Erasmo Carlos. Vendeu mais de um milhão de cópias, tornando-se o maior êxito da carreira dela.
Na nova geração, Marisa Monte regravava temas tristes de Tim Maia (“O que me Importa” e Paulinho da Viola (justamente “Dança da Solidão”). Adriana Calcanhotto virava rainha das trilhas de novelas, com temas de amor rasgado, como “Mentiras” e “Metade”. E Cássia Eller crescia como a maior intérprete jovem do país, sobretudo depois da intervenção de Nando Reis, que produziu seu grande álbum, Com Você meu Mundo Ficaria Completo, que traz canções como “As Coisas Mais Lindas” e “O Segundo Sol”.
Indie e sofrência
Entre os anos 1990 e os 2000, uma banda apresentou as cartas que serviriam para nortear boa parte da geração seguinte. Fundindo indie rock gringo e MPB clássica, Los Hermanos surgiu com um primeiro álbum mais pesado cujo hit, “Anna Julia”, era canção de amor triste. Nos anos seguintes, a banda mudou o direcionamento estético, aproximando-se mais das raízes brasileiras, mas a melancolia só cresceu até o fim da banda, em 2007.
A partir da segunda metade dos anos 2000, com a indústria fonográfica em frangalhos, a democratização das tecnologias de gravação e a facilitação das trocas de arquivos pela internet, a nova geração aprende a gravar discos no isolamento do quarto e nasce o indie brasileiro. Pela própria natureza individualista da produção, esses trabalhos ecoam a solidão dos questionamentos introspectivos, das canções confessionais, quase sempre contaminadas de tristeza. Surgiram nesse esquema obras relevantes, como as do Vanguart, Mallu Magalhães, Tiê, Cícero, Phill Veras, Rubel e Tim Bernardes.
No mainstream, a palavra sofrência passa a existir de fato na segunda metade da década. Por enquanto, está só no dicionário informal e significa “mistura de sofrimento e carência, ato de sofrer por amor ou pura dor de cotovelo”. É uma subdivisão da música sertaneja, mais melancólica e, em alguns casos, desaforada e vingativa. Tem como ícones, entre outros, os cantores Pablo e Wesley Safadão. Mas o melhor desse repertório foi escrito pela Rainha da Sofrência, a cantora e compositora Marília Mendonça. MM compôs hits para meio mundo do sertanejo, como Jorge & Mateus, Maiara & Maraísa, Lucas Lucco, Joelma e César Menotti & Fabiano. Mas quem melhor defende essas canções é a própria Marília, que veste muito bem o papel da mulher que ganha o poder de decisão que, antes, era quase sempre masculino. “Alô, Porteiro”, “De Quem É essa Culpa?” e “Como Faz com Ela” são algumas joias da compositora goiana.
Se o mundo da sofrência acabasse aqui, Marília fecharia um ciclo conceitual com Lupicínio Rodrigues, o grande mestre da dor-de-cotovelo dos anos 1940, 50 e 60, gravado por toda a MPB desde então. Ambas obras dialogam com intimidade, pois tratam dos mesmos temas, com o mesmo espírito genuíno e reviravoltas desconcertantes. “Infiel”, de Marília, é filha legítima de “Vingança”, de Lupi. “Amante Não Tem Lar”, dela, tem raízes idênticas às de “Ela Disse-me Assim”, dele. São muito os paralelos possíveis. A sofrência de Lupicínio Rodrigues já foi assimilada pela elite cultural há pelo menos 40 anos. A de Marília ainda sofre preconceito. Mas isso é coisa que se dissipa com o tempo.
DISCOTECA BÁSICA: 22 ÁLBUNS DA SOFRÊNCIA BRASILEIRA
Chove… Lá Fora (1957, Continental), Tito Madi
Convite para Ouvir Maysa nº 2 (1958, RGE), Maysa
Ninguém me Ama (1960, RCA Victor), Nora Ney
Triste Madrugada, (1964, RCA Victor), Núbia Lafayette
Caetano Veloso (1971, Philips), Caetano Veloso
Roberto Carlos (1972, CBS), Roberto Carlos
Dança da Solidão (1972, Odeon), Paulinho da Viola
Nelson Cavaquinho (1973, Odeon), Nelson Cavaquinho
Loki? (1974, Philips), Arnaldo Baptista
Guilherme Arantes (1976, Som Livre), Guilherme Arantes
Ângela Ro Ro (1979, Polydor), Ângela Ro Ro
Barão Vermelho (1982, Opus Columbia), Barão Vermelho
Roberta Miranda (1987, Continental), Roberta Miranda
As Canções que Você Fez pra Mim (1994, Philips), Maria Bethânia
Só pra Contrariar (1994, Sony/ BMG), Só pra Contrariar
Sissi na Sua (2000, Universal), Marina Lima
Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos (2009, Arterial Music), Otto
Cavalo (2014, Slap), Rodrigo Amarante
Marília Mendonça ao Vivo (2016, Som Livre), Marília Mendonça
LEIA MAIS