Já se vão quase 20 anos desde a primeira vez que a banda francesa Nouvelle Vague subiu em um palco brasileiro pela primeira vez, em 2005. A despeito de qualquer insegurança, o projeto, que tinha como mote era apresentar versões de clássicos do pós-punk em versão bossa nova, não demorou a cair nas graças do público no Brasil.
Fundada em 2003 pelos multi-instrumentistas e produtores Marc Collin e Olivier Libaux, a banda lançou oito álbuns de estúdio incluindo versões que se tornaram populares, como “Love Will Tear Us Apart (do Joy Division), “Making Plans for Nigel” (do XTC), e “Mala Vida” (de Mano Negra), esta última do álbum Version Française (2010), voltado para versões da cena alternativa francesa.
O Nouvelle Vague passou por mudanças na formação (incluindo as cantoras Camille e Phoebe Killdeer e, atualmente, Alonya e Marine Quéméré), até o falecimento de Olivier, em 2021. O grupo, então, fez uma pausa até lançar o álbum Shoud I Stay or Should I Go em fevereiro.
É este álbum que os franceses apresentam no Brasil, com shows em São Paulo nesta quarta-feira (30/10), em Porto Alegre (310/10) e Rio de Janeiro (02/11), promovidos pelo Queremos!.
“Tudo começou como apenas uma ideia: deveríamos fazer uma homenagem às composições da era pós-punk, e seria muito legal fazer isso como bossa nova. Era só um álbum. Não pensei que ocuparia um espaço tão importante na minha vida”, diz Collin. “Muito menos que estaria falando sobre isso 20 anos depois”.
A despeito disso, neste 2024, a banda segue carregando fãs por onde vá, celebrando o legado deixado por Olivier.
Leia nosso bate papo com Marc Collin abaixo:
Como é para vocês voltar ao Brasil para tocar um gênero musical que é orgulho nacional, como a bossa nova?
Olha, da primeira vez que tocamos aí [Rio, em 2005], estávamos um pouco assustados, especialmente o percussionista! Talvez o público brasileiro fosse nos dizer: quem vocês pensam que são? [risos]. Mas eles foram muito amáveis e acho que adoraram a nossa maneira de tocar bossa.
Vocês passaram por um jejum sem um álbum inédito. Como foi voltar aos estúdios e para as turnês?
Sinto-me orgulhoso e feliz que essa aventura que comecei há 20 anos ainda esteja viva e relevante. É bom voltar a alguns lugares e países como o Brasil.
Como é feita a escolha do repertório de versões para um disco?
Não há uma receita real, às vezes estou ouvindo por acaso uma música que eu amava quando era adolescente nos anos 80 e fico inspirado a fazer uma cover, às vezes vem das letras da música, às vezes da história da banda, etc. Mas, de qualquer forma, a música precisa ter uma ligação especial comigo, com a minha juventude.
O novo álbum tem um tom mais melancólico e sombrio em comparação com os anteriores. Como foi o processo criativo e a escolha dos arranjos que trouxeram essa atmosfera?
Este álbum é o primeiro sem Olivier (nosso guitarrista desde o início) e, então, talvez, estando sozinho, eu tenha feito arranjos mais sombrios… Sou muito influenciado por trilhas sonoras, então talvez seja por isso também!
Ouça o álbum abaixo:
Nouvelle Vague no Brasil
SÃO PAULO
Data: 30 de outubro de 2024 (quarta-feira)
Local: Audio
Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca
Horário: 22h
Abertura da casa: 20h
Classificação etária: 18 anos
Valores dos ingressos: a partir de R$ 150
Venda Online
PORTO ALEGRE
Data: 31 de outubro de 2024 (quinta-feira)
Local: Auditório Araújo Vianna
Endereço: Parque Farroupilha, 685 – Farroupilha
Horário: 21h
Abertura da casa: 19h30
Classificação etária: 18 anos
Valores dos ingressos: a partir de R$ 55
Venda Online
RIO DE JANEIRO
Abertura: Silvia Machete
Data: 2 de novembro de 2024 (sábado)
Local: Circo Voador
Endereço: Rua dos Arcos s/nº
Horário: 21h30
Abertura da casa: 20h
Classificação etária: 18 anos
Valores dos ingressos: a partir de R$ 150
Venda Online
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