Se Nevermind serviu para colocar Seattle no mapa do rock em 1991, Is This It fez o mesmo por Nova York, dez anos depois. E o curioso é que os Strokes bebiam em bandas da sua mesma New York City – Velvet Underground e Television, principalmente -, como que dando vida nova a uma cidade que há anos não figurava nos holofotes sonoros. Desta maneira, serviu como referência fácil para a geração 00 desbravar um passado da Big Apple talvez não muito conhecido.
Is This It soava desconhecido e, ao mesmo tempo, totalmente familiar. Era velho, mas novo. Moderno, mas vintage. Garageiro, mas produzido com toda a pompa no estúdio Transporterraum por Gordon Raphael. Feito para soar “sujinho”. Como que cuidadosamente pensado para ser algo que, por si só, talvez nunca pudesse ser. A cara dos anos 2000.
Com os Strokes, com Is This It, o rock passou a ser chamado de “novo rock” – e acompanhou outros grupos, como The Hives, The Libertines, The White Stripes e tantos outros “The”. Fez os amantes de música voltarem a sentir prazer em ouvir rock. Botou o rock nas pistas de dança. Fez do rock algo cool. De novo.
Foi a primeira banda a chegar aos ouvidos do planeta através das artimanhas do mundo digital. Antes mesmo de Is This It chegar as prateleiras, algumas de suas músicas já tinham “vazado” – termo hoje comum, mas não à época. Graças a isso, Julian Casablancas e cia tiveram um papel importantíssimo nos novos hábitos de se consumir música.
Duvida?
Olha só.
Por: Revista NOIZE
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