Julião se intitula feiticeiro, mas dispensa poções complicadas, caldeirões e cajados. Sua feitiçaria é quando está junto da sua viola. Seus encantos são as canções embebidas por boas doses de psicodelia nordestina.
Com influências que vão do baião de Gonzaga, a inconfundível voz de Alceu Valença, atravessam a poesia de Cátia de França e Zé Ramalho, até a destreza de Geraldo Azevedo, o artista recifense incorpora suas origens nordestinas, seu apreço pela música mineira do Clube da Esquina e a explosão de Francisco, el Hombre em suas composições. Hoje, com exclusividade para a NOIZE, lança seu novo single “Fetiço da Viola”, que você confere ao fim da matéria.
Feiticeiro Julião reúne tantas referências como fruto de quem já andou um bucado. Ele já tocou com a banda Tagore e varreu o sul e o sudeste do Brasil com sua dupla de forró “Caramurú e Julião”. Agora, retornando à composição e com estudo dedicado à viola caipira, ele lança a faixa inédita e abre caminhos para o seu segundo disco, “Feitiço de Viola” que saí pela Honey Bomb Records.
O álbum conta com a produção do próprio Julião e conta com parcerias: “Estudei arranjo por um tempo, então tenho mania de dirigir as coisas. Chamei Alexandre Baros pra a percussão pois além de grande conhecedor da música tradicional de Pernambuco, é um cara que sabe traduzir pra a percussão coisas que eu imaginava. Gravei os baixos e escrevi arranjos pra teclado, tocado por Pierre Leite e violino, tocado por Jade Martins“, comenta o artista.
O registro virá recheado da mistura entre música pop e folclore e transforma a fé artística em motor para seguir produzindo arte: “As expectativas são positivas pois fiz um disco cheio de hits, voltado pro povo e pros nao-músicos, que são a maioria da população. Estamos num momento em que arte está deixando de ser profissão no país. Mas tenho fé que isso vai mudar”, declara.
O disco de Feiticeiro Julião chega aos streamings no dia 22 de março. Ouça agora “Feitiço da Viola”: