Há exatos vinte e cinco anos, Cliff Burton, então baixista do Metallica, perdia a vida em um dos acidentes automobilísticos mais horrendos e emblemáticos da música.
A história diz assim: Cliff dormia no beliche de cima do ônibus que transportava a banda pela Europa durante a Damage Inc., turnê que promovia o disco Master of Puppets. O ônibus derrapou, jogando o corpo de Cliff pra fora. Enquanto capotava, o veículo caiu em cima do baixista, esmagando o seu corpo. Como se não bastasse, ainda se moveu, arrastando-se em cima de Cliff.
A trágica morte do ex-baixista do Metallica não foi a única que abalou o mundo do metal, pelo contrário. E já que tudo é, segundo dizem, interligado, elaboramos um Seis Graus especial. Lembrando outros momentos que marcaram fãs e artistas e provando que, até mesmo a sete palmos do chão, os headbangers são mesmo unidos.
CLIFF BURTON– Além de toda a tristeza, a morte de Cliff carrega várias lendas. James Hetfield, frontman do Metallica, jura de pé junto que o motorista tava bêbado. Já o cara alega que tinha gelo na pista. O pior de tudo: o tal beliche de cima era o melhor do ônibus e era tirado na sorte todo dia. Talvez, naquela noite de 27 de setembro, não seja exatamente sorte que Cliff tirou. Passados alguns anos, o Pantera fez a sua versão de “Seek and Destroy”, do primeiro e emblemático disco do Metallica Kill ‘Em All.
DARREL ABBOT – Darrel foi assassinado em 2004, quando um fã louco subiu no palco e matou o cara com um tiro à queima-roupa. Darrel “Dimebag” Abbot foi guitarrista das bandas Damageplan e Rebel Meets Rebel, mas seu trabalho mais conhecido foi no Pantera. O mesmo Pantera que, por diversas vezes, participou do Ozzyfest, o Festival de Ozzy Osbourne.
RANDY – Ozzy Osbourne tambem já perdeu um guitarrista. Em 1982, Randy Roadhes morreu quando o avião em que viajava se chocou contra um Hangar. Ozzy, que estava perto do local, ainda tentou salvar o cara, mas quando chegou lá encontrou Randy, seu melhor amigo, morto. Entre os nomes que já substituíram Randy estão o de Zakk Wylde, que, recentemente, andou falando mal do Dave Grohl – segundo ele, um cara que “escreveu umas músicas de mocinha pro Ozzy”. Além do Foo Fighters, Dave também faz um pé-de-meia no Them Crooked Vultures, banda que mantém com Josh Homme, do QOTSA, e John Paul Jones, do Led Zeppelin.
JOHN BONHAM – O Led Zeppelin, que empresta o seu baixista ao Them Crooked Vultures, perdeu o seu baterista, John Bonham, em 1980. Depois de tomar cerca de 40 doses de vodka com suco de laranja , o cara morreu devido a uma overdose. Led Zeppelin, o primeiro e homônimo álbum da banda, trazia na capa a foto de um dirigível pegando fogo.
BON SCOTT – Um Bon Scott pegando fogo é a imagem mais estampada nas camisetas do AC/DC. Em fevereiro de 1980, Scott cara saiu pra tomar umas cachaças com os amigos. Quando levavam o vocalista de volta pra casa ele “apagou” no banco de trás do veículo. Sem força pra carregar o cara pra fora do carro, eles acabaram deixando ele “dormir” por ali mesmo. No outro dia, Bon estava morto. O atestado de óbito diz “envenenamento alcoólico agudo”. O povo diz “engasgou no próprio vômito”.
JIMI HENDRIX – Mais um que engasgou no próprio vômito. Tá, Jimi na lista de Metal? A gente explica: “Purple Haze”, a famosa música de Hendrix, é considerada a primeira do gênero por muita gente grande – entre eles, Kirk Hammett. O guitarrista do Metallica de Cliff Burton garante que foi lá, com “Purple Haze”, que o Metal deu seu pontapé inicial.
por Marília Pozzobom