Nos últimos dias 29 e 30 de Abril, enquanto no Brasil mais um capitulo do livro Como não se tratar o professor acontecia, por aqui a história estava sendo bem diferente, ou eu deveria dizer a música. Aconteceram na NYU – New York University dois eventos consecutivos sobre os quilombos brasileiros sob o título de “Quilombo do Presente/ do Futuro”.
Eles foram organizados pelo Center for Latin American and Caribbean Studies da NYU, Columbia Institute of Latin American Studies (ILAS), Columbia Center for Brazilian Studies, em conjunto com o Consulado Geral do Brasil em Nova Iorque.
No dia 29, o historiador João José Reis, da Universidade Federal da Bahia, realizou um debate sobre a história da escravidão no Brasil a partir da palestra “Where Slaves were Slave Owners, the Case of 19th Century Bahia” [“Onde os escravos eram donos de escravos, o caso da Bahia do século XIX”, em uma tradução livre]. No dia seguinte, foi a vez dos músicos Maga Bo e BNegão apresentaram “Quilombo do Futuro: The Contemporary Social and Cultural Resonance of Brazil’s Maroon Communities” [algo como: “Quilombo do Futuro: A ressonância social e cultural das comunidades quilombolas do Brasil”].
BNegão e o americano Maga Bo, que vive no Brasil, se juntaram com a professora Mariléa de Andrade, da Universidade Estadual de Campinas, conversando sobre como o som deles se relaciona com o contexto social brasileiro. Esse encontro proporcionou uma grande combinação de leituras e performances, unindo estudantes e artistas brasileiros em um formato inovador. Foi uma boa discussão sobre as questões sociais, culturais, territoriais e políticas que giram em torno das comunidades quilombolas contemporâneas.
E no final de tudo, rolou ainda uma festa de encerramento bem brasileira!