_por Tathianna Nunes
Voltei Recife e trouxe na mala uma saudade gigante e pesada de Lua Cheia, Lua Nova, Germana, entre outros aromas mineiros. Passei uma semana em BH como assessora de imprensa do Conexão Vivo, programa que impulsiona a nova safra da música brasileira dando o empurrão que ela merece e precisa. Não vou falar sobre a programação do festival porque de Criolo, Bixiga 70, Gaby Amarantos, entre outros só não são assunto para doentes da cabeça insensíveis que vivem numa bolha. Vou falar de 05 maneiras de curtir o festival além da música.
Pastel de Angu
“Nunca na história deste país foi registrado um caso de overdose de Pastel de Angu”, comenta Israel do Vale, coordenador de conteúdo do Conexão Vivo, depois de saber da minha incrível e gorda proeza: detonei seis pasteis de angu em menos de 10 minutos. Entre os quatro shows do festival por dia, devo ter ultrapassado uma quantidade que não pode ser mencionada para me preservar de testes do governo, afinal, fui guerreira. Pois então, esta iguaria da culinária mineira é a estrela da praça de alimentação do Conexão Vivo que, organizada no capricho, leva ao Parque Municipal de Belo Horizonte quitutes famosos da cidade. É de destruir qualquer regime, mas é um pedaço do paraíso na terra. Viva a #comfortfood feita com amor!
Parque Municipal
Localizado no coração da cidade, o Parque Municipal recebe a principal etapa da programação do Conexão Vivo em BH. O lugar é lindo, encantando, preservado, tratado com amor e carinho pela produção e pelo público que ganha um lugar no céu por tamanha educação e respeito a natureza. Juro que não é exagero e é de admirar o carinho dos mineiros pelo Parque Municipal Américo Renné Giannetti, patrimônio ambiental mais antigo da cidade, projetado no final do século XIX. Não duvido nada se Elfos e duendes aparecerem por lá. Presto maior atenção das árvores porque é capaz de fadas estarem jogando pó mágico com poderes de apresentar o caminho para o final feliz. Este é meu terceiro ano de CV e toda vez que coloco meus pés gigantes lá, começo a cantarolar: “estou de volta pro meu aconchego…” Como não amar?
Feira de Vinil
“I had the time of my life”… comprei o vinil de Dirty Dancing, “Avalon” do Roxy Music, “His and Hers” do Pulp, entre vários outros por meros R$ 5 e R$ 10 na feira independente de vinil, um treat a mais do festival. Eu aguardo um ano para colocar minhas compras em dia. BH tem ótimas lojas de vinil sem aquele preço facada no coração de cortar os pulsos das lojas de SP. Super recomendo.
Cachaça
Oups, I did it again…. mas nada como deixar Espírito de Minas esquentar seu sangue entre uma atração e outra do festival. Aproveita o intervalo entre os shows e abra seu coração para a nova, boa e velha cachaça mineira. Na estrutura montada no Parque Municipal, você consegue encontrar uma ampla variedade. Eu adoro a Lua Cheia. O rótulo é lindo, tem luas e estrelas, e não causa blackout, pelo menos nada aconteceu até agora… Pelo menos que lembre… OMG, onde estou?
Pessoas lindas
Tenho uma teoria sobre a população mineira: quando o Brasil foi colonizado, fizeram um reduto especial de gente bonita em clima de paquera. E batizaram este lugar de Belo Horizonte. Esta história que a vista é linda é só balela para acobertar o segredo e preservar o lugar de uma invasão em massa.
@tathiannanunes É produtora, jornalista, libriana e apaixonada pelo Santa Cruz. Capixaba, mora em Recife há 12 anos, onde começou o Coquetel Molotov.