Colaborou: Isabela Fleischmann
“O tema que você toca no começo de uma canção é o território. E aquilo que vem depois, e que pode ter muito pouco a ver com o primeiro, é a verdadeira aventura”. (Ornette Coleman)
Coleman foi o precursor do jazz livre, da música torta. Transverso, o Boogarins deixa impressões sonoras, assim como ele. De uma aventura, trem de doido, inusitada a partir da própria repetição. O quarto disco da banda goiana, Sombrou Dúvida (2019), cifra-se pela experimentação, o sustenido improvisado. É preciso sair de casa, quebrar o ciclo. O trem que sai, faz território por onde passa e leva para um passeio.
A obra e o criador. O tempo sagrado e o cronológico. A morte e o ato de morrer. O que tudo isso representa para os Boogarins? Guiado por essas questões, conversamos com a banda na dobradinha de shows realizados nos dias 25 e 26 de maio em Londrina, norte paranaense.
Na primeira noite, os Boogarins se apresentaram com as bandas Luvbites e Gran Tormenta. Na segunda, compartilharam o espaço com a De um Filho, de um Cego. Meus interlocutores falaram comigo pouco antes do segundo show, no jardim de uma casa de madeira, depois de uma feijoada. Cristalizado no vídeo, o diálogo convida ao embarque no trem, ao viver ávido. Um rito de passagem e um revide aos hábitos. Solte o player abaixo e boa viagem.
As próximas datas dos Boogarins rolam no velho continente, saca só:
11 de julho: Lausanne, Suíça
15 de julho: Ramsgate, Inglaterra
16 de julho: Leeds, Inglaterra
17 de julho: Londres, Inglaterra
18 de julho: Brighton, Inglaterra
19 de julho: Bristol, Inglaterra
20 de julho: Manchester, Inglaterra
21 de julho: Glasgow, Escócia
22 de julho: Edinburgh, Escócia
29 de julho: Hamburg, Alemanha
30 de julho: Berlin, Alemanha
Mais datas na gringa, aqui.