Exclusivo | Novo single do Baleia

30/09/2013

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Por: Revista NOIZE

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30/09/2013

A banda Baleia se desprendeu do estilo jazzístico e vai lançar nessa quarta-feira, dia 2 de outubro, o disco de estreia, “Quebra Azul”, que foi pensado e produzido durante 1 ano. Dois dias antes do lançamento do álbum, você pode ouvir com exclusividade da NOIZE a segunda faixa do material, “Motim”:

As referências de “Quebra Azul” vão além do jazz. O resultado é uma mistura de estilos mixados por Lucas e Bruno Giorgi, indicado ao Grammy Latino em 2012 pelo disco “Chão”, de Lenine. Carlos Freitas, também indicado ao Grammy Latino pelo mesmo álbum de Lenine, foi o responsável pela masterização. A gravação ficou por conta de Lucas Ariel, que já havia trabalhado com o Baleia antes.

*

Confere as faixas de “Quebra Azul”:

“Casa”
“Motim”
“Furo”
“Jiraiya”
“In”
“Furo 2 (Sangue do Paraguai)”
“Breu”
“Despertador”

O single “Furo 2 (Sangue do Paraguai)” foi o primeiro que a banda divulgou desse novo trabalho. Nós conversamos com o Baleia sobre essa nova proposta da banda que, ao contrário do que se pensava, apresenta um disco desprendido do tom jazzístico.

“Sangue do Paraguai” e “Motim” fogem do jazz que vocês tocavam antes. Por que vocês decidiram mudar o estilo da música de vocês?

Na verdade, nós começamos a banda de maneira bem despretensiosa. Tentamos criar uma proposta: tocar covers de canções de jazz com roupagens diferentes. O mais engraçado era que o jazz nem era a principal influência de ninguém ali. Não éramos músicos de jazz, não sabíamos tocar isso! Mas era uma espécie de fetiche nosso. Inevitavelmente, conforme fomos nos entusiasmando com o projeto e nos conhecendo como um grupo de músicos e amigos, essa proposta inicial foi perdendo força e as influências pessoais diversas foram ganhando mais espaço. Isso aconteceu na medida em que começamos a incorporar nossas próprias músicas no repertório. Ninguém ficou preso a um estilo específico, então cada ideia ou material novo era sempre muito bem-vindo. Com o tempo, as composições e arranjos passaram a ter vida própria.

Foi com a proposta inicial do grupo que vocês foram reconhecidos no Brasil, chegando até a concorrer a um prêmio na categoria Experimente do Prêmio Multishow de 2012. Vocês não têm medo de perder com a nova proposta da Baleia essa visibilidade que conquistaram?

A indicação ao prêmio foi legal. Foi a primeira vez que sentimos um gostinho de reconhecimento. Mas achamos que não temos uma visibilidade grande a ponto de nos preocupar em perdê-la. Afinal, lançamos apenas dois clipes antes. Consideramos esse disco como oprimeiro trabalho sólido da banda e esperamos conseguir mais espaço com o álbum, e não o contrário.

Como foi o processo de criação das músicas do primeiro disco da Baleia? Como vocês fizeram pra fugir do jazz das músicas anteriores?

Então, não foi propriamente uma fuga. Foi, digamos, um processo criativo bastante caótico que tomou rumos próprios. Nós não tentamos direcionar ou frear nada. São músicas que foram muito trabalhadas nesse ano que passou. Durante o processo, todos opinavam, questionavam e adicionavam pontos. Muitas músicas apareceram para nós de uma forma e vão estar no disco completamente transformadas. O processo foi muito interessante, mas também foi bem difícil! A gente precisava de tempo pra amadurecer a nossa sonoridade em cada composição do grupo. A essência da Baleia que todo mundo conhece ainda está lá, apesar de não sermos mais uma banda de jazz. As músicas acabam, naturalmente, tendo vínculos sonoros (às vezes claros, às vezes não) com o que nós fazíamos. Explicar essa mudança é muito difícil, mas achamos que ouvindo o álbum as pessoas vão conseguir entender.

“Sangue do Paraguai” e “Motim” não tem o inglês que aparecia em músicas próprias como “Killing Cupids”. O novo disco vai ser todo em português?

O disco é todo em português. Na verdade, algumas músicas do álbum estão sendo trabalhadas há muito tempo, desde a época de “Killing Cupids”. A questão da língua nunca foi tida como um direcionamento do grupo, sempre foi algo aberto – quem escrevia trazia a letra da forma como veio à cabeça para aquela composição e momento.

(Foto: Carolina Vianna)

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30/09/2013

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