Kumpinski lança seu 1º single solo: “Cartilagem”

21/11/2019

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Ariel Fagundes

Por: Ariel Fagundes

Fotos: Divulgação

21/11/2019

Como um tecido orgânico e eletrônico, flexível e resistente, chega ao mundo o primeiro lançamento solo de Kumpinski: “Cartilagem”. O single é a primeira amostra do álbum do artista porto-alegrense que está previsto para sair em abril do ano que vem (ouça abaixo).

Produzida por Bruno Neves, Lorenzo Flach e pelo próprio Kumpinski, a faixa apresenta uma sonoridade híbrida, que incorpora tanto beats mecânicos quanto elementos rítmicos do samba, e uma letra capaz de citar tanto Belchior (“medo, medo, medo, medo”) quanto Tchakabum (“olha a onda”). “É uma reflexão meio fragmentada a respeito de certos humores políticos que a gente tem vivido e a relação disso com os comportamentos que a gente observa nas redes sociais”, diz Kumpinski sobre a composição de “Cartilagem”.

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O músico, cantor e compositor que ficou conhecido por estar à frente da banda Apanhador Só busca agora novos caminhos. Foram 15 anos de grupo com o qual circulou por todo Brasil e alguns países da América Latina e gravou três discos de estúdio – o segundo deles, Antes Que Tu Conte Outra (2013), foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como o Melhor Álbum Brasileiro de Música Popular daquele ano e, inclusive, foi o LP que inaugurou o catálogo de lançamentos em vinil do NOIZE Record Club. Já o terceiro disco, Meio Que Tudo É Um (2017), teve seu lançamento ofuscado por uma polêmica que acabou motivando uma pausa nas atividades do grupo por tempo indeterminado.

Com isso, Kumpinski seguiu produzindo canções, mas agora experimentando a possibilidade de trabalhar com o olhar da autoria solo. “O trabalho solo permitiu mais tempo de criação solitária na frente do computador, burilando timbres, editando estruturas pras músicas”, comenta o músico: “Isso por si só faz bastante diferença no processo de criação e – naturalmente – no resultado final”.

Ainda sem título anunciado, o primeiro disco solo de Kumpinski carrega um desafio, que também é uma oportunidade, de trazer ao público novas possibilidades de conexão com sua obra. “Procurei encontrar novas sonoridades pro disco, diferentes das que eu já tinha desenvolvido com a banda”, afirma.

– Como sempre fui o principal compositor e vocalista da Apanhador, se tornou uma tarefa um pouco árdua achar um caminho estético que não soasse como uma simples extensão da sonoridade da banda. Mas junto com o Bruno Neves e o Lorenzo Flach, que produziram comigo o material, a gente conseguiu achar caminhos que nos pareceram novos e instigantes, que fazem pontes entre o mundo da voz e violão, em que normalmente nascem as minhas composições, e o mundo das sonoridades mais eletrônicas. A respeito das temáticas, sigo de alguma forma pelo mesmo caminho de algum tempo: reflexões sobre o mundo que nos cerca, sobre a vida que se leva e sobre as coisas que sentimos dentro.

Enquanto o disco novo não chega, ouça abaixo “Cartilagem”:

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21/11/2019

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Ariel Fagundes

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