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core/freeform

Nos Estados Unidos do início dos anos 1990, brotou do seio do punk um movimento incendiário chamado de Riot Grrrl. Unindo a busca por igualdade de direitos às mulheres à sonoridade agressiva do punk rock, bandas como <a href="https://www.youtube.com/watch?v=mZxxhxjgnC0" target="_blank">Bikini Kill</a> e <a href="https://www.youtube.com/watch?v=LkrQb19XjtY" target="_blank">Bratmobile</a> surgiram como uma bomba no meio underground de Washington. Sua força musical tão sensível quanto bruta chamou atenção de imediato e muitos outros grupos femininos nasceram fazendo sons distintos, mas identificados a esse conceito, como <a href="https://www.youtube.com/watch?v=XeCi9EdefVo" target="_blank">Slant 6</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=o_MLR5leZ4o" target="_blank">Adickdid</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=jlLeLlwvj5k" target="_blank">Tattle Tale</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=JFyh68nE4-M" target="_blank">Jack Off Jill</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=NV148GFoqdI" target="_blank">The Frumpies</a> e <a href="https://www.youtube.com/watch?v=W5Wtf3gSra8" target="_blank">Bangs</a>. Chegou um ponto em que a estética desse punk feminista acabou sendo redigerida (e, às vezes, até esvaziada) pelo mainstream, um processo que se conecta ao sucesso massivo de bandas como Garbage, Hole e No Doubt na década de 90 e respinga até no fenômeno ultra pop da <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ohEOYTgPj38" target="_blank">Avril Lavigne</a> nos anos 2000. 

No Brasil, muitos consideram que Riot Grrrl chegou com a formação do grupo paulista Dominatrix, em 1995. "Acredito que foi o Dominatrix que espalhou esse conceito junto, depois, a bandas como TPM, Hitch Lizard e Cosmogonia", comenta Leticia Marques. Ela é a diretora do longa-metragem Faça Você Mesma, documentário que está sendo produzido com apoio de um <a href="https://www.catarse.me/faca_voce_mesma_filme_9b8b" target="_blank">projeto de financiamento coletivo</a> que está aberto até o dia 4/9 (<a href="https://www.catarse.me/faca_voce_mesma_filme_9b8b" target="_blank">apoie aqui</a>). 

Confira abaixo o teaser de Faça Você Mesma e ouça o primeiro disco completo da Dominatrix:


<iframe src="https://player.vimeo.com/video/209953881" width="600" height="320" frameborder="0" webkitallowfullscreen mozallowfullscreen allowfullscreen></iframe>


<iframe width="600" height="400" src="https://www.youtube.com/embed/8QQ9tERw2mE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>

Letícia conta que a ideia de fazer esse filme nasceu em 2013, após a leitura do livro Riot Grrrl - Revolution Grrrl Style Now, da Nadine Monem. "Escrevi um esboço e deixei a ideia guardada, até que, entre conversas no Facebook sobre a representatividade feminina na cena musical, a Patricia Saltara (produtora do doc e do Girls Rock Camp Brasil) me deu um salve pra fazer um filme da nossa versão riot e eu entrei de cabeça", lembra.

A diretora explica que os depoimentos do documentário começaram a ser filmados em maio de 2016. Em janeiro de 2017, a equipe registrou a edição paulistana do Girls Rock Camp, captou mais uma série de entrevistas e, agora, "faltam 50% das filmagens", afirma. "No último mês de março, filmamos duas personagens em Santos e mais entrevistas em São Paulo. As próximas filmagens estão agendadas para o segundo semestre de 2017, completando assim a etapa de produção", detalha.
 
Segundo informa o projeto de financiamento coletivo, o objetivo do longa é contar a história do Riot Grrrl no Brasil buscando os "desdobramentos do movimento punk feminista". 

- O filme mescla os estilos observacional e histórico, com o qual buscamos recontar as histórias e reconstruir esse passado por meio de entrevistas com mulheres que fizeram parte da cena junto a imagens de arquivo. Ao mesmo tempo, o doc propõe encontrar os desdobramentos desse movimento na vida de algumas mulheres e, aqui, optamos pelo estilo observacional. Seguimos nossas personagens para conhecer seu dia a dia e ver onde o sentido do riot grrrl se encontra na vida delas nos dias de hoje - afirma a diretora.

<iframe src="https://player.vimeo.com/video/221422853" width="600" height="320" frameborder="0" webkitallowfullscreen mozallowfullscreen allowfullscreen></iframe>

Considerando sua mensagem feminista em defesa da igualdade entre mulheres e homens, a música das bandas identificadas com o Riot Grrrl muitas vezes é o gatilho para desencadear processos de transformação na vida de quem está no palco e na plateia. "Acredito que muitas garotas e mulheres que foram tocadas de alguma forma pelo Riot Grrrl foram inspiradas a se desenvolver profissionalmente na música, no cinema e nas artes, convivendo hoje tanto em cenas independentes quanto no mainstream", exemplifica Letícia Marques: "Os desdobramentos que busquei no filme variam, tem um grupo só de mulheres aprendendo defesa pessoal com duas irmãs em Santos, já a Flavia Biggs trouxe o Girls Rock Camp e o Ladies Rock Camp para o Brasil, que são acampamentos produzidos e geridos por voluntários no estilo ‘faça você mesma’, disseminando a ideia de empoderamento feminino através da música e cultura". 

A previsão de estreia do documentário Faça Você Mesma é dezembro de 2018. Apoie o projeto <a href="https://www.catarse.me/faca_voce_mesma_filme_9b8b" target="_blank">aqui</a>.

Nos Estados Unidos do início dos anos 1990, brotou do seio do punk um movimento incendiário chamado de Riot Grrrl. Unindo a busca por igualdade de direitos às mulheres à sonoridade agressiva do punk rock, bandas como <a href="https://www.youtube.com/watch?v=mZxxhxjgnC0" target="_blank">Bikini Kill</a> e <a href="https://www.youtube.com/watch?v=LkrQb19XjtY" target="_blank">Bratmobile</a> surgiram como uma bomba no meio underground de Washington. Sua força musical tão sensível quanto bruta chamou atenção de imediato e muitos outros grupos femininos nasceram fazendo sons distintos, mas identificados a esse conceito, como <a href="https://www.youtube.com/watch?v=XeCi9EdefVo" target="_blank">Slant 6</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=o_MLR5leZ4o" target="_blank">Adickdid</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=jlLeLlwvj5k" target="_blank">Tattle Tale</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=JFyh68nE4-M" target="_blank">Jack Off Jill</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=NV148GFoqdI" target="_blank">The Frumpies</a> e <a href="https://www.youtube.com/watch?v=W5Wtf3gSra8" target="_blank">Bangs</a>. Chegou um ponto em que a estética desse punk feminista acabou sendo redigerida (e, às vezes, até esvaziada) pelo mainstream, um processo que se conecta ao sucesso massivo de bandas como Garbage, Hole e No Doubt na década de 90 e respinga até no fenômeno ultra pop da <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ohEOYTgPj38" target="_blank">Avril Lavigne</a> nos anos 2000. 
No Brasil, muitos consideram que Riot Grrrl chegou com a formação do grupo paulista Dominatrix, em 1995. &#8220;Acredito que foi o Dominatrix que espalhou esse conceito junto, depois, a bandas como TPM, Hitch Lizard e Cosmogonia&#8220;, comenta Leticia Marques. Ela é a diretora do longa-metragem Faça Você Mesma, documentário que está sendo produzido com apoio de um <a href="https://www.catarse.me/faca_voce_mesma_filme_9b8b" target="_blank">projeto de financiamento coletivo</a> que está aberto até o dia 4/9 (<a href="https://www.catarse.me/faca_voce_mesma_filme_9b8b" target="_blank">apoie aqui</a>). <div id="videoAd">*</div> <script type="text/javascript">var t = "//des.smartclip.net/ads?type=dyn&plc=90854&sz=400x320&elementId=videoAd";t += "&ref=" + encodeURIComponent(window.top.document.URL);t += "&rnd=" + Math.round(Math.random()*1e8);var s = document.createElement("script");s.type = "text/javascript";s.src = t;document.body.appendChild(s);</script>
Confira abaixo o teaser de Faça Você Mesma e ouça o primeiro disco completo da Dominatrix:

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Letícia conta que a ideia de fazer esse filme nasceu em 2013, após a leitura do livro Riot Grrrl &#8211; Revolution Grrrl Style Now, da Nadine Monem. &#8220;Escrevi um esboço e deixei a ideia guardada, até que, entre conversas no Facebook sobre a representatividade feminina na cena musical, a Patricia Saltara (produtora do doc e do Girls Rock Camp Brasil) me deu um salve pra fazer um filme da nossa versão riot e eu entrei de cabeça&#8221;, lembra.
A diretora explica que os depoimentos do documentário começaram a ser filmados em maio de 2016. Em janeiro de 2017, a equipe registrou a edição paulistana do Girls Rock Camp, captou mais uma série de entrevistas e, agora, &#8220;faltam 50% das filmagens&#8221;, afirma. &#8220;No último mês de março, filmamos duas personagens em Santos e mais entrevistas em São Paulo. As próximas filmagens estão agendadas para o segundo semestre de 2017, completando assim a etapa de produção&#8221;, detalha.
Segundo informa o projeto de financiamento coletivo, o objetivo do longa é contar a história do Riot Grrrl no Brasil buscando os &#8220;desdobramentos do movimento punk feminista&#8221;. 
&#8211; O filme mescla os estilos observacional e histórico, com o qual buscamos recontar as histórias e reconstruir esse passado por meio de entrevistas com mulheres que fizeram parte da cena junto a imagens de arquivo. Ao mesmo tempo, o doc propõe encontrar os desdobramentos desse movimento na vida de algumas mulheres e, aqui, optamos pelo estilo observacional. Seguimos nossas personagens para conhecer seu dia a dia e ver onde o sentido do riot grrrl se encontra na vida delas nos dias de hoje &#8211; afirma a diretora.
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Considerando sua mensagem feminista em defesa da igualdade entre mulheres e homens, a música das bandas identificadas com o Riot Grrrl muitas vezes é o gatilho para desencadear processos de transformação na vida de quem está no palco e na plateia. &#8220;Acredito que muitas garotas e mulheres que foram tocadas de alguma forma pelo Riot Grrrl foram inspiradas a se desenvolver profissionalmente na música, no cinema e nas artes, convivendo hoje tanto em cenas independentes quanto no mainstream&#8221;, exemplifica Letícia Marques: &#8220;Os desdobramentos que busquei no filme variam, tem um grupo só de mulheres aprendendo defesa pessoal com duas irmãs em Santos, já a Flavia Biggs trouxe o Girls Rock Camp e o Ladies Rock Camp para o Brasil, que são acampamentos produzidos e geridos por voluntários no estilo ‘faça você mesma’, disseminando a ideia de empoderamento feminino através da música e cultura&#8221;. 
A previsão de estreia do documentário Faça Você Mesma é dezembro de 2018. Apoie o projeto <a href="https://www.catarse.me/faca_voce_mesma_filme_9b8b" target="_blank">aqui</a>.

Nos Estados Unidos do início dos anos 1990, brotou do seio do punk um movimento incendiário chamado de Riot Grrrl. Unindo a busca por igualdade de direitos às mulheres à sonoridade agressiva do punk rock, bandas como Bikini Kill e Bratmobile surgiram como uma bomba no meio underground de Washington. Sua força musical tão sensível [&hellip;]

Conversamos com a diretora de “Faça Você Mesma”, novo doc sobre a cena Riot Grrrl brasileira

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