Às vezes, é necessário se aprofundar em uma pesquisa acadêmica. Foi o que pensou Will Brooker, professor de cinema e estudos culturais na Kingston University, quando decidiu escrever uma monografia sobre a obra de David Bowie chamada Forever Stardust.
Para ele, ouvir os discos do músico era muito pouco. O acadêmico resolveu que deveria viver como Bowie vivia para ser capaz de entender o que se passava com ele e, só então, poder analisar a sua obra com propriedade.
It’s been a long day #BowieSymposium pic.twitter.com/f8ovH3J7UL
— will brooker (@willbrooker) July 17, 2015
Much as I hate to have Ziggy make up with Thomas Newton hair. Sometimes I’m afraid it’s necessary #bowiesymposium pic.twitter.com/qWzGX1i3xl
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Bowie is here @willbrooker pic.twitter.com/GQhLz2oH3X
— O.T.T by Lia .T (@ottbyliat) July 15, 2015
– A ideia é habitar o espaço da cabeça de Bowie em alguns momentos da sua vida e sua carreira para entender seu trabalho a partir de um ângulo original, mantendo uma perspectiva crítica e objetiva ao mesmo tempo. É tipo misturar personas, talvez – declarou Brooker ao jornal inglês The Guardian.
O professor começou sua vivência simulando o início da carreira de Bowie, por volta de 1965, depois passou pela fase do Ziggy Stardust e do The Thin White Duke. Basicamente, Brooker se propõe a usar as roupas que o músico usava na época, ouvir as mesmas músicas que existiam naquele momento, ler os mesmos livros que Bowie lia, ver os mesmos filmes, além de visitar os locais por onde ele passou (o professor já esteve em Brixton, Bromley, Beckenham e deve ir a Berlim no mês que vem).
I see London and Berlin in my future pic.twitter.com/qGGXsEp4eU
— will brooker (@willbrooker) July 19, 2015
I think my immersion has confirmed the reason for Bowie’s supposedly boring “Heroes” album hair. He wanted to become more anonymous
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Unbelievable – I just dreamed a whole new Bowie song in my sleep and now I can’t remember how it went #bowiesymposium
— will brooker (@willbrooker) July 19, 2015
Will Brooker afirma que está se submetendo a largos períodos sem dormir e a uma dieta restrita baseada na alimentação do músico (que, por um momento, se resumiu a leite e pimentas vermelhas). Até aí é meio estranho, mas ok. E quanto ao consumo massivo de cocaína?
– A quantidade de cocaína que Bowie consumia não é apenas ilegal para um professor como eu, mas é também muito cara – além de não ser nada saudável. Então, nos finais de semana eu pego um pacote com seis energéticos e tento simular a experiência de substâncias ilegais. Isso me deixa bem saltitante – explicou Will ao The Guardian.
Caberá a banca da Kingston University julgar se a substituição da cocaína por energéticos compromete ou não a curiosa metodologia da pesquisa de Will.
This is how much Bowie would spend on cocaine per day in modern money pic.twitter.com/5YVsPwvEb2
— will brooker (@willbrooker) July 16, 2015
One might recall that Bowie kept his urine bottled in the fridge in mid 70s #bowiesymposium @ACMI pic.twitter.com/9C5OodQWXX
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I got a badge @ACMI pic.twitter.com/RT7OVP3tzg
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