Conheça a história por trás da primeira edição da Revista NOIZE

26/05/2022

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos: Revista NOIZE

26/05/2022

A ideia que fez a NOIZE surgir vem lá de 2006. Os amigos Rafael Rocha e Kento Kojima, ambos estudantes universitários, percebendo a cena de publicações impressas gratuitas distribuídas em Porto Alegre, fizeram a pergunta: “Por que nenhuma dessas revistas é sobre música?”. Isso bastou para que surgisse o desejo de criar um espaço em que pudessem falar sobre os sons que curtiam e documentar a cena que percebiam acontecendo.

“Nós começamos a conversar sobre o projeto. E era muito louco, porque a gente abria as revistas, contava os anúncios e pensava que era fácil. Mas quando começamos a fazer foi bem diferente [risos]. Em 2006, a gente projetou tudo e não conseguiu tirar do papel”, contou pra gente o Rafael, que, além de fundador, é nosso diretor criativo. 

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De fato, a NOIZE só saiu do papel um ano depois, em 2007. Ou melhor, saiu da cabeça e virou revista (de papel). Além do Kento e do Rafa, o projeto passou a contar também com o Pablo Rocha. Há 15 anos, a primeira edição tornou- se viável. “A gente conseguiu colocar a parada pra rua, metendo na cara e na coragem. Talvez por escutar bastante punk rock na época. ‘Vamos lá, se não tem quem fazer, a gente vai fazer’”, continuou o Rafa.

Já contamos por aqui que a NOIZE #001 foi distribuída em um show da banda Pennywise (que foi capa da revista e ganhou uma matéria especial nesta primeira edição) em Porto Alegre, no dia 27 de março de 2007. O Tatu, fotógrafo e colaborador de primeiro momento da revista, foi registrar o show e conseguiu uma foto do Jim Lindberg, vocal do grupo, segurando a primeira edição da revista, apontando para ele mesmo na capa.

“Amor pelo rolê. Desde o início era uma ideia, um desejo, uma vontade em que cada um foi fazendo aos poucos em cima daquilo que amava”, assim que Tatu define aquele momento inicial.

Jim Lindberg, vocalista da Pennywise, segurando a Revista NOIZE #001, em foto tirada pelo Tatu

A sessão que abria a revista continha notícias rápidas da época em manchetes como “Novo álbum do White Stripes”, “Frevo é declarado patrimônio imaterial do Brasil”, “Britney Spears pirou na batatinha?” e “Biografia de Roberto Carlos retirada das livrarias”. Outra notícia rápida dizia na manchete “Piratas buscam terra firme” e a seguir discutia a respeito da polêmica da época: o compartilhamento de arquivos via torrent.

Nessas primeiras páginas, chegava uma seção que se mantém até hoje na NOIZE, a “Bandas que você não conhece mas deveria”, que apresentava o som de Devendra Banhart e outros artistas para os leitores da revista. Havia também uma seção com reviews de álbuns lançados naquele período, como , de Caetano Veloso, e Skin and Bones, do Foo Fighters. Poderíamos ficar listando a primeira edição inteira aqui, mas você pode conferir no nosso Issuu com seus próprios olhos: 

Leia a primeira edição da NOIZE no nosso Issuu

Hoje, já estamos na nossa edição #125. “Antes do dia zero eu tava fazendo o lance. Então, no começo, não deu tempo nem de ver, era só baixar a cabeça e fazer uma por mês. Mas eu comecei a sacar nossa relevância quando, sei lá, no quinto ano, no sétimo ano, eu comecei a falar com as pessoas que eu admirava e vi essas pessoas darem um valor muito grande pra revista”, reflete o Rafa, 15 anos depois.

Ainda temos muitos anos e muitas edições pela frente. Muita música ainda vai passar pelas páginas da revista NOIZE. Vamos ver e falar sobre o que está acontecendo em cenas diversas, documentando tudo o que está rolando. E contamos com a sua companhia de sempre.  

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26/05/2022

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