_por Patricia Palumbo
Gal Costa é a maior cantora do Brasil. Torquato Neto já dizia isso em 70 quando Gal fez o Fa-Tal. E eu repito isso agora com o Recanto. Que artista maravilhosa! Entrou com rouquidão, desafinou, se desculpou, assumiu uma faringite e depois só arrasou. Foi nas notas mais baixas, nas mais altas, emocionou e fez chorar. Foi aplaudida de pé no meio das canções. Que instrumento impecável, bem usado, que poder.
Recanto é um disco histórico. Gal e Caetano juntos outra vez. Estrearam juntos em LP com Domingo em 67. Pré tropicalistas com a referência fortíssima de João Gilberto, da bossa que tentavam inventar e desconstruir como dois quadradões desafinados na genial música manifesto “Saudosismo”. “Autotune Autoerotico” faz as vezes agora em 2012, diz tudo sobre a voz, a reinvenção, o artificial e nos leva ao delírio com a força dos versos e do caminho melódico que explora toda a força do instrumento Gal Costa. Com Caetano, essa voz tem alma.
Vivo maravilhada por essa voz e já fiz algumas homenagens e programas especiais. Um deles está aqui neste link pro blog.
@patriciapalumbo é apresentadora dos programas Vozes do Brasil, no rádio, e a Hora do Rush na telinha. E uma de nossas jornalistas favoritas.