Patti Smith: a musa punk

15/01/2013

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

15/01/2013

 

_por Crib Tanaka

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Da primeira vez que ouvi Horses, da Patti Smith, meio queixo caiu. E toda vez que ouço, o efeito se repete. É forte, diferente, bonito e sedutor de uma maneira quase incômoda. Em Mate-me, Por favor, ela é descrita em uma das entrevistas como simplesmente cool, como uma pessoa que não sabia que tinha uma imagem forte e era capaz de atrair atenções.

Interessada em saber mais, claro que li Just Kids, o livro onde ela conta toda a sua história com o grande amor Robert Mappletorphe E, em meio aos relatos confessionais, fica óbvio o porquê dela ser tida como cool. Patti não seguia padrões, tinha boas novas ideias e as tornava realidade, instintivamente. E por aí que acontece sua poesia, sua música e o jeito de se vestir e portar.

Hoje, estou lendo a biografia da musa, escrita por Nick Johnstone. E nela é recorrente também a referência ao visual de Patti, desta vez contextualizado e mostrando o porquê ele era tão interessante e chamava a atenção. O corte de cabelo à la Keith Richards era novidade – e impensável – para uma mulher. Assim como o uso recorrente de roupas masculinas, clássicas, que a tornaram referência do estilo tomboy. E, bom, o que faz isso tudo legítimo é que ela em nem pensou em ocupar esse posto.

Nick conta que a capa de Horses – com a belíssima foto P&B de Mappletorphe – foi absolutamente ousada na época de seu lançamento, onde era comum as mulheres lançarem mão de muita maquiagem, cores e estilo sexy para se promover. Na capa de seu primeiro e mais famoso albúm, Patti aparece com cara lavada, cabelos “normais”, com o trio calça-camisa-suspensório. A pose displicente acompanhada do olhar forte reforça o estilo da musa punk. Desafia e instiga.

Patti lançava mão dos jeans justos, detonados, t-shirts, blazers e outras peças simples e unissex. O visual andrógino e sexy é potencializado pelo tipo físico super magro. Mappletorphe registrou como ninguém o estilo de Patti, que é, desde que apareceu, um ícone.

Foto de Mappletorphe, acervo Tate

Foto de Mappletorphe, acervo Tate

@Crib Tanaka é carioca-sansei, jornalista e trabalha com marketing. Acredita cada vez mais no ditado que diz “temos dois ouvidos, dois olhos e uma boca para vermos e ouvirmos duas vezes mais do que falamos.”

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15/01/2013

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