Polaroid | Cris Lisbôa

18/09/2013

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Por: Revista NOIZE

Fotos:

18/09/2013

“Eu espero acontecimentos.” Por favor, perdoe o clichê. Passei a adolescência inteira cantarolando essa música e não consegui começar este texto de outro jeito. Pois mesmo quando os acontecimentos aconteceram, mesmo quando assisti a Marina Lima pela primeira vez no Auditório do Ibirapuera em São Paulo, onde o fundo do palco se abre para as árvores e alguns corações pulam pra fora do peito, mesmo hoje, essa música segue randômica no que escrevo, no que decido, em quem eu sou. Dia desses, Marina trouxe o show do disco “Clímax” – que aliás foi gestado na cidade, no estúdio caseiro de Edu Martins, músico paulista radicado no sul – para o palco do Bar Opinião. Neste show de lançamento do 19º trabalho da cantora, o público não tinha idade, tampouco era óbvio. E fez um coro afinado exatamente na minha canção. Quase olhei pra frente.

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Gosto de pensar ali em frente. Estou aqui, quero estar aqui, mas já estou pensando no que vem. Ouço a Marina desde sempre, gosto disso, de chamar Marina, só um nome, o primeiro, como se fosse uma amiga, alguém que eu ligaria pra me ajudar a entender um silêncio.

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Vim porque fazia sentido vir. Engraçado ter demorado este tempo todo pra eu assistir a um show dela. Na real, nem sabia que era fã. Sou. Cantei todas as músicas, enchi o olho de lágrima. A voz dela tá diferente, né? Achei bonito assim. Tem mais força.

FOTO3

Eu brinco de oráculo. Faço uma pergunta e coloco Marina pra tocar, sem ver ordem ou disco ou qualquer coisa. O que ela cantar é a resposta. Olha, tem dado certo.

Cris Lisbôa é escritora, jornalista e coleciona fotos de gente que não conhece. Quando precisa muito ouvir, assiste shows de costas para o palco.

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18/09/2013

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