_por Patrícia Spier
Roger Waters já avisou que The Wall – Live deve ser sua última turnê. E quem teve a oportunidade de assistir ao espetáculo ganhou uma experiência única sonora e visual. Parte do muro de 137 metros de largura e 11 de altura, composto por centenas de blocos, foi sendo construído durante o show de cerca de duas horas. Para no final parte dele ser derrubado.
Uma das músicas mais aguardadas da noite foi “Another Brick in The Wall – Part 2”, que teve a ajuda do efeito sonoro de um helicóptero. O público não sabia de onde o barulho vinha e todos olhavam para cima, para os lados, para trás. Ele parecia se aproximar.
As projeções no muro traziam símbolos com Mercedes, Shell, estrela de Davi, cruz católica. Até um retrato de Mao Tse Tung foi estilhaçado na tela. Durante o intervalo de 20 minutos, imagens de perseguidos políticos foram exibidas. Os brasileiros Chico Mendes e Jean Charles de Menezes estavam entre elas.
Um grande “Obrigado” aparece no muro – e Roger Waters o repete em português. Mas quem devolveu a palavra em uníssono foi o público.
O músico fará sua última apresentação no Brasil na terça-feira, dia 3 de abril, no Estádio do Morumbi, em São Paulo.