Seis anos depois de registrar dores pessoais com Vapor Trails, o novo disco do Rush reflete sobre as voltas da vida, fé e até meio-ambiente. Quem espera um disco pesado acaba surpreso com a profusão de violões de Alex Lifeson. O tom leve marca todo o álbum, com influências diretas do folk, sempre bem amparado pela bateria do “professor” Neil Peart e o baixo pulsante de Geddy Lee. Faixas como “Far Cry” empolgam logo de cara, além de “Working them Angels”, a “moda de viola” instrumental “Hope” e “Faithless” – com um refrão certeiro. Além das letras, fruto das boas reflexões de Peart durante as suas viagens de moto, a produção de Nick Raskulinecz chama a atenção. É um CD que pode não agradar nem mesmo aos fãs, ansiosos pela tradicional quebradeira, mas a bela produção o torna bonito – material em falta no mercado. Procure gastar mais e pegar a versão digipack importada, pois a nacional conta com sérios erros na impressão do encarte.
>> Por André Pase